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30 novembro 2009

Coisas que não mudam.




“E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis”. “Mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador”. 
                 Romanos 1: 23,25.

 
Vivemos num mundo onde as coisas mudam com muita rapidez.
Elas acontecem numa velocidade tal que alguém já disse “Se funciona já é obsoleto”.
Realmente, lança-se um produto no mercado e ele nem esquentou as prateleiras já surgem outros mais sofisticados. Você pode comprar um carro último tipo e logo ele estará fora de linha. E o que dizer das mudanças na política, na economia, nos costumes, enfim, em quase todos os aspectos da nossa vida!
Mas, há coisas que não mudam. Nunca mudaram e não irão mudar; por exemplo, o sofrimento. A tribulação no mundo não é coisa nova.
É somente maior do que nunca. As tribulações podem-nos surgir de formas diferentes, mas, no fundo, estamo-nos defrontando com as mesmas tentações, os mesmos problemas, as mesmas dificuldades, as mesmas dificuldades, as mesmas provas que sempre tem afligido a humanidade. Desde a queda no jardim do Éden que o homem se tem visto atormentado com três problemas. Depravação, doença e morte.
A depravação tem enchido as nossas cadeias, a doença os nossos hospitais e a morte os nossos cemitérios.
É a perversidade da natureza humana que leva o homem a odiar, a cobiçar e a invejar. O homem com o seu gênio inventivo têm conseguido mudar tudo, mas ainda não pôde transformar-se a si mesmo. Com todos os nossos progressos, ainda não fomos capazes de resolver esses três problemas básicos da raça humana. Esses problemas têm afligido a humanidade durante milhares de anos e continuam a afligi-la.
O pecado ainda não mudou. O homem bem que se esforça por lhe dar uns nomes mais agradáveis a fim de aquietar a sua consciência acusadora. Mas o pecado é sempre pecado e sempre é acompanhado por um cortejo interminável de doença, desapontamento, desilusão, desespero e inferno.
A doença e a conseqüente tristeza continuam. O desânimo é a linguagem universal do mundo dos nossos dias. Observe o que se passa na África e em outros países. Milhares de pessoas em constante debandada. Estamos no século XXI e ainda nos são transmitidas imagens de penúria, miséria, violência, como se o homem não tivesse saído ainda do seu estado primitivo.
Vemos velhos, doentes, mulheres e crianças esfarrapadas, famintos, marchando dia e noite sobre o gelo ou sobre a areia quente, sem abrigo, e passando noites encostados uns aos outros para se aquecerem. E os milhões que morrem de fome? E os milhares que enfraquecem e terão seqüelas para o resto da vida porque nunca se alimentaram bem? Esta situação nunca mudou.
E o que dizer da violência? No livro do Gênesis, no capítulo 6, versículo 11, lemos: “A terra porém estava corrompida diante da face de Deus e encheu-se a terra da violência”. Isso foi a milhares de anos atrás, antes do dilúvio. Essa situação mudou?
E a morte. Essa também não mudou. Os homens bem procuram enfeitá-la e disfarçá-la com lindas urnas, belos mausoléus, mas, por mais que a enfeitem, ela é sempre uma realidade brutal, horrorosa e terrível. Não há tecnologia no mundo que impeça o homem de morrer.
Mas, diante de tanta coisa negativa como o pecado, a doença, a violência, a morte, coisas que não mudam, posso também falar-vos de um Cristo que não muda. Um Salvador que pode perdoar todos os vossos pecados do passado, aliviar-vos do fardo que vos oprime no presente e dar-vos uma viva e gloriosa esperança para o futuro. Ele é poderoso para vos salvar. As vossas culpas do passado podem ser todas apagadas por nosso Senhor Jesus Cristo.
Deixai que ele vos liberte do castigo dos pecados passados, dos perigos das tribulações do presente e dos receios do futuro.

Pr. José Vasconcelos

23 novembro 2009

Edificando sobre o fundamento dos antigos.









“Não removas os limites antigos que fizeram teus pais”. Provérbios 22:28.
A Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil aos poucos vai fazendo a sua história. Já tem mais de cinquenta anos fincada no solo brasileiro como um atalaia fiel no seu posto de vigia.
Voltando o olhar para o passado, para os primórdios da nossa igreja, sentimos que há uma necessidade de resgatarmos alguns fatos de grande relevância que marcaram a história da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil.

Muitos desses fatos caíram no esquecimento por não haver quem os registrasse por escrito.
Não havendo registros dissolveram-se com o tempo, já que a preservação oral que passava de pai para filho não é mais vigente em nossos dias.
Concordo com Alexander Soltenitsin quando disse: “Os anos passam e o que não se refresca apaga-se em nossa memória”.
Esta foi a razão pela qual o Senhor estava sempre levando seu povo a lembrar do passado. “Lembrai-vos das coisas passadas, desde a antiguidade, que eu sou Deus e não há outro Deus semelhante a mim”. Isaías 46:9. O capítulo 6 do livro de Miquéias traz o relato da contenda do Senhor com o seu povo que andava esquecido dos seus grandes feitos: “Povo meu, ora, lembra-te...”. Miquéias 6:5.
Alguns que testemunharam o nascimento desta Igreja e dela participaram, carregaram consigo formidável acervo, mas já foram promovidos para a igreja triunfante. Outros ainda estão entre nós, arrastados pelo peso dos anos digerem sozinhos o passado, envoltos nas brumas da distância.
Não sou historiador. O historiador tem a competência e responsabilidade de registrar os eventos de modo fidedigno.

Sou apenas uma testemunha ocular de muitos fatos ocorridos no seio da Igreja Presbiteriana Fundamentalista. Testemunhei alegrias e tristezas, encontros e desencontros, perdas e vitórias. Hoje, contando com 55 anos de vida, sendo 34 deles no serviço do Senhor como ministro da Palavra, percebo o quanto estou ligado à vida desta Igreja.

Alguns, conscientes ou não, acusam-me de saudosista. Não sei se os que me tratam assim usam o termo como um eufemismo para não me chamar de retrógrado. Às vezes não sabemos as reais intenções por trás das palavras. O saudosismo é inerente ao ser humano. Os judeus cativos na Babilônia lembravam-se de Jerusalém e derramavam seus sentimentos na expressão: “Se eu me esquecer de ti ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da minha destra, apegue-se-me a língua ao paladar se não me lembrar de ti...”. Salmo 137:5,6.
Recordar o passado não é característica do retrógrado, mesmo que o faça com saudades. Os russos diziam: “Aquele que recorda o passado perde um olho. Aquele que o esquece perde os dois”.

Fico a me perguntar; qual será o futuro dos jovens pastores se nós, os que presenciamos a construção do primeiro templo, não cuidarmos para que eles saibam das lutas, da firmeza, seriedade e convicção daqueles que nos antecederam. Eles não viveram em vão. Lutaram pela construção de uma Igreja que reconhecesse e assumisse seu papel de igreja militante.

O escritor da epístola aos hebreus chama-nos a atenção quando diz: “Lembrai-vos dos vossos pastores que vos falaram a Palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”. Hebreus 13:7. Continuemos ouvindo a Palavra do Senhor que nos diz: “Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele, e achareis descanso para as vossas almas”. Jeremias 6:16.

Não removamos os limites antigos que fizeram nossos pais.

Pr. José Vasconcelos da Silva Filho





17 novembro 2009

Viagem à Aroeiras 2009

Já virou uma tradição para os amigos e irmãos da IPFI esta viagem a bela cidade de Aroeiras na Paraíba, terra natal do nosso querido Pastor José Vasconcelos (que lá é conhecido como Herivelton).
A cada ano que se passa esta viagem fica mais animada e disputada haja visto o tanto de atrativos que tem este lindo lugar situado no sertão Paraibano.
A nossa diversão começou desde a saída em Recife (com os comissários de bordo Jucá e Zinho) e se estendeu até a chegada no Hotel Acauã com uma recepção calorosa por parte dos proprietários do hotel.
Já estamos ansiosos pela próxima viajem a querida cidade de Aroeiras.
Algumas fotos do passeio.






 

12 novembro 2009

Os Cinco Solas da Reforma



Declaração de Cambridge



SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.
Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.




SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo


À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Tese 2: Solus Christus
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.


SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho


A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.
Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.




SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial


A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.
Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.


SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus


Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.
Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


Fonte: Declaração de Cambridge

11 novembro 2009

Imitadores de Caim




“Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim.”
Judas 11.


Estudando sobre o episódio em que um homem foi assassinado pelo seu irmão sem que lhe desse motivo algum, descobrimos alguns pormenores no comportamento do assassino que, infelizmente, tem sido o comportamento de muitos dentro da igreja do nosso Senhor Jesus Cristo.
  Estamos falando de Caim, o primeiro homicida na história da humanidade!
Caim e Abel foram levar uma oferta ao Senhor. O contexto da tragédia foi culto, a vítima, um irmão.
Caim não negou a existência de Deus nem se recusou a adorá-lo. Reconheceu-o como doador de todas as coisas e levou-lhe uma oferta do fruto da terra. Porém, ele não foi além disso.
Muitos são semelhantes a Caim nesse aspecto. Não negam a existência de Deus. Reconhecem-no como o criador de todas as coisas. Até ajudam a igreja com suas ofertas, mas não passam disso. Não exercem fé no Senhor Jesus Cristo, não o confessam como o Senhor da sua vida.
Caim representa o tipo de muitas pessoas dos tempos atuais. Cantam, ouvem a Palavra, reconhecem os atributos de Deus, mas não reconhecem a própria condição indigna e pecaminosa que possuem.
Quando Caim premeditou matar seu irmão, Deus desejou trazê-lo de volta para a posição correta mostrando-lhe sua condição maligna.
Caim foi advertido por Deus. Um terrível ato pecaminoso estava perigosamente próximo. “Se bem fizeres não haverá aceitação para ti?” (Tua oferta também poderá ser aceita, a oferta está à porta. É só te arrependeres deste teu intento).
“Se não fizeres bem, o pecado jaz à porta” (ansioso para estar em você) “E para ti será o seu desejo” (o seu desejo é por você, mas você tem que dominá-lo).
Foi isto que o Senhor disse a Caim (Gênesis 4: 7). Mas Caim não aceitou ser dissuadido por Deus. Havia premeditado matar seu irmão e o matou.
Aqui temos outro aspecto em que muitas vezes somos imitadores de Caim. Não aceitamos ser dissuadidos do nosso pecado. A Palavra de Deus nos desnuda diante de seus olhos. Ela nos mostra quem realmente somos. Entre o aceitar ou desafiar a censura de Deus, optamos pelo desafio.
Mas ainda há outras coisas que nos fazem semelhantes a este homicida. Vejamos:
Queremos ofertar ao Senhor as nossas sobras e, além disso, sem fé. Entristecemo-nos diante da prosperidade de um irmão. Foi assim com Esaú, foi assim com Caim.
Endurecimento. “Onde está o teu irmão?” “Não sei”. Insolência. “Sou eu porventura guardador do meu irmão?” Gênesis 4: 9
Como vai a tua igreja? Não sei. Sou eu dirigente dela? Sou eu responsável pelas sociedades internas da igreja? Sou eu responsável pelos louvores?
Caim não julgava como do seu dever cuidar do seu irmão, mas não hesitou em julgar-se com o direito de matá-lo.
Não julgamos como de nosso dever aconselhar um irmão, mas julgamos com o direito de criticá-lo.
Não julgamos como de nosso dever manter a integridade e a defesa da nossa igreja, mas julgamos com o direito de censurá-la diante dos estranhos.
Não julgamos como de nosso dever achar solução para os problemas da igreja, mas julgamos com o direito de aumentá-los ou dificultar a solução pelos que cuidam do caso.
Em qual desses aspectos estou imitando a Caim? Judas, ao escrever sua epístola, faz referência aos que dizem mal do que não sabem que se corrompem como animais irracionais, dizendo: “Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim”.
Que este não seja o nosso caminho. O caminho do endurecimento, da insolência, da falsidade, da crítica destrutiva, da amargura, da falta de amor.

Pr. José Vasconcelos da Silva Filho




09 novembro 2009

História da IPF do Brasil, seu seminário e do Fundamentalismo no mundo.



 
A história da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil esta ligada a história do Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil, portando disponibilizaremos ao irmãos e amigos todas as informações concernentes a estas instituições e tambem a história do movimento fundamentalista no mundo.


História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. [Wikipédia]




"E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada."  (Tiago 1 : 5)


O Seminário surgiu como resultado da crise espiritual que determinou o aparecimento da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil.
Funcionou inicialmente na Avenida Caxangá nº 2441 sendo aprovados os seus estatutos no dia 12 de janeiro de 1957. No dia 12 de dezembro de 1968 teve o seu nome mudado para Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil.
E vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara. (Mt 9. 36-38)
Quase dois mil anos já se passaram e a realidade observada, com pesar, pelo Senhor Jesus, e registrada pelo evangelista Mateus na citação acima, permanece a mesma.




O Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil vem, a 50 anos, dando sua parcela de contribuição a fim de minimizar esta realidade e formar, para honra e glória de Deus, ceifeiros bem preparados para trabalhar na seara divina como pastores, presbíteros, evangelistas, educadores cristãos ou apenas crentes que conhecem e manejam bem a Palavra da Verdade. (2Tm 2.15)


Se você se sente vocacionado para o ministério pastoral, a vocação por excelência, se deseja se preparar para melhor servir a sua Escola dominical, estar melhor preparado para evangelizar ou quer somente se aprofundar na revelação especial de Deus, seu lugar é aqui conosco no SPFB.
Ore ao Senhor, converse com o seu pastor e venha estudar no SPFB onde a Escritura tem a primazia como fonte do conhecimento verdadeiro e onde você poderá desenvolver seu conhecimento verdadeiro e bíblico-teológico sob a herança preciosa do cristianismo reformado.




Igreja Presbiteriana Fundamentalista
A causa da origem da I.P.F. do Brasil foi a expulsão do Rev. Dr. Israel Furtado Gueiros do S.P.N. pelas declarações que ele fez contra o Seminário, naquela época.
1 - que o Seminário é controlado pelas missões
2 - que a liderança da instituição é definitivamente em favor do C.M.I (Concílio Mundial de Igrejas)
3 - que os missionários não levantaram objeções ao incidente do professor que alegou haver erros
na Bíblia
4 - foi necessário uma ação unânime do Sínodo para a remoção do referido professor. O Sínodo se
reuniu no dia 13/07/1955


Em agosto de 1959 estes grupos comemoraram o Centenário do Presbiterianismo no Brasil. Todos eles declararam aceitar o sistema doutrinário contido na Confissão de Fé de Westminster.
Quais destes grupos representam em realidade o presbiterianismo histórico em doutrina e prática? Para se responder a esta pergunta importa que examine cuidadosamente a posição doutrinária e prática de cada um destes grupos à luz dos padrões doutrinários e históricos da Igreja Presbiteriana.


II - Origem do Fundamentalismo


a) No decorrer dos anos temos nos acostumados ao uso do termo “Reformado” quanto a vários aspectos da vida da Igreja. Há batistas reformados, presbiterianos reformados , evangélicos reformados.
b) A palavra fundamentalista é um termo conveniente e, qualquer contexto pois implica um sentido definido e reconhecido. Ex. os fundamentos da química, da física, da biologia, etc.
c) O termo não é novo no mundo teológico
- segundo o Dr. Van Glider foi usado no séc XVII, na Inglaterra, entre dois líderes cristãos, como base de concordância.
- em 1653 foi usado pelo Parlamento Inglês quando foi votado dar indulgência para todos os fiéis que professaram os fundamentos da fé.
- o grande arcebispo Usher foi apontado pelo Parlamento para decidir o que havia de fundamental na fé que eles professavam.
- no início do séc XX quando racionalismo na Alemanha e o Unitarianismo da Inglaterra tinham conseguido dominar as principais denominações dos EUA, as doutrinas fundamentais foram reafirmadas em termos da própria controvérsia daquele tempo. Esse movimento de reação contras as doutrinas liberais publicou uma série de livros chamados “Os Fundamentais” e uma série de artigos. Naquele tempo fundaram-se grandes acampamentos, conferências e associações fundamentalistas.
d) As raízes do fundamentalismo foram os protestos contra os modernistas do séc XIX
- aqueles que receberam este nome foram aqueles que se apegavam aos ponto fundamentais da fé cristã, descritos como três “R”: ruína - redenção - regeneração. Preocupação dupla: crer e viver. Um céu a ser ganho e um inferno a ser evitado.
- o antigo fundamentalismo não só se preocupava com aquilo que o indivíduo professava acreditar e sim como ele realmente vivia. Não procurava explicar a Bíblia com pedido de desculpas. Pregava sobre um céu a ser ganho e um inferno a ser evitado.


III - O que é fundamentalismo


“Um movimento do protestantismo do séc XX que enfatiza os pontos fundamentais da inerrância das Escrituras, da segunda vinda de Cristo, dom nascimento virginal, da ressurreição física e da expiação vicária.” - Dic. Webster


1 - O fundamentalismo acata tudo quanto a Bíblia assevera a respeito de Cristo e tudo quanto Jesus
disse a respeito da Bíblia
2 - O fundamentalismo defende o quadro sobrenatural das Escrituras Sagradas desde o princípio até
o fim (criação, inspiração, milagres, profecias, divindade, morte, ressurreição, retorno de Cristo)
ao passo que o modernismo teológico defende o quadro natural (anti-sobrenatural) das Escrituras
Sagradas e da revelação cristã. O fundamentalismo é uma tomada de posição teológica em favor
dos grandes princípios (fundamentos ) da fé cristã
3 - O fundamentalismo nunca foi e nunca será limitado à afirmação de algumas denominações
particulares. Os fundamentalistas estão em todas as denominações evangélicas. Eles tem sido
bons presbiterianos, bons batistas, bons congregacionais. Apesar de divergirmos, entre nós, em
quanto a certas interpretações secundárias das Escrituras, estamos unidos na comunhão e no
propósito em defesa da fé e da pregação do evangelho.


IV - Quem são os anti-fundamentalistas?


1 - Uma Bíblia infalível X Uma Bíblia falível
- no início do séc XX as igrejas protestantes históricas apegavam-se a inspiração completa e a autoridade absoluta da Bíblia, com raríssimas exceções
- certas idéias anti-bíblicas, baseadas na filosofia racionalista começavam a penetrar nas igrejas da Inglaterra e dos E.U.A. tendo originado na Alemanha. Charles Brigs da cadeira de teologia bíblica do Seminário Teológico União em Nova Yorque afirmou, no referido Seminário, em 1891 que haviam três fontes de autoridade divina: a Igreja, a razão e a Bíblia. Deu-se uma batalha entre aqueles que criam ser a Bíblia a única fonte infalível de verdade divina e aqueles que não reputavam a Bíblia como tal.


2 - Só há um método de combater a incredulidade: aberta, honesta e frontalmente


a) Os que se opunham a completa infalibilidade das Escrituras faziam-no a base de certas pressuposições filosóficas que são os primeiros frutos da especulação anti-bílbica
b) Os primeiros fundamentalistas declararam guerra aberta contra estas idéias de incredulidade. Eles compreendiam três coisas:
- compreendiam que a incredulidade disfarçada com máscara religiosa em nada é sincera
- compreendiam que os homens que juram fidelidade às doutrinas históricas da Igreja para depois usarem suas posições para destruírem as mesmas doutrinas históricas não são homens honestos
- compreendiam que a Igreja não é o lugar certo para permitir que os homens continuem a corromper e destruir as doutrinas e a vida da Igreja
c) Os fundamentalistas procuraram informar o povo na esperança de trazer a Igreja à fidelidade da Bíblia. No início da batalha a questão em foco era clara. Era entre uma Bíblia infalível e um mero livro humano.
d) Os membros da Igreja entenderam que os modernistas eram os recém chegados, os inovadores, e que os fundamentalistas se encontravam do lado da posição histórica da Igreja. Por esta razão os fundamentalistas foram capazes de manter suas posições de 1800 a 1920.
e) A outra tática modernista (desprezo e calúnia)
Acusaram os fundamentalistas de falta de amor, de cultura, de compreensão teológica. Identificaram cuidadosamente sua própria posição com um exame sincero, com o amor, com as últimas descobertas científicas. As massas começaram a acreditar que a nova teologia não era tão má assim e que a antiga teologia era por demais rígida e inflexível e assim foram levados a uma posição de neutralidade para com a questão debatida.


V - A diferença entre o fundamentalismo e o modernismo


1 - Fund. - A Bíblia é a Palavra de Deus
Mod. - Não é a Palavra de Deus


2 - Fund. - Jesus é o Filho de Deus em um sentido em que nenhum outro o é
Mod. - Jesus é apenas um filho de Deus no sentido em que podem ser considerados todos os
homens


3 - Fund. - Nascimento de Cristo sobrenatural
Mod. - Nascimento de Cristo natural


4 - Fund. - A morte de Cristo foi expiatória
Mod - Não foi expiatória, apenas um exemplo




5 - Fund. - O homem é produto da criação especial divina
Mod - O homem é produto da evolução


6 - Fund. - O homem é um pecador que decaiu da retidão original
Mod - O homem é uma vítima infeliz do meio ambiente que mediante uma cultura apropriada
pode tornar-se bom


7 - Fund. - O homem é justificado pela fé na expiação pelo sangue de Cristo (regeneração
sobrenatural)
Mod - O homem é justificado por suas próprias obras ao seguir o exemplo deixado por Cristo
(desenvolvimento natural)


VI - Fundamentalista - verdadeiro conservador


Até alguns anos atrás, o termo “conservador” designava a posição de uma pessoa que acreditava nas doutrinas essenciais da fé cristã, tais como são reveladas nas Escrituras, entre elas, a plenária inspiração da Bíblia, a divindade de Cristo, e queda do homem, a morte vicária de Cristo e a salvação mediante o sangue por ele derramado, a ressurreição de Cristo, a sua segunda vinda, o novo nascimento e outras verdades similares.
Aqueles que no passado se chamavam, a si mesmo, “conservadores” rejeitavam comumente toda a crítica destruidora da Bíblia, inclusive a teoria documentária e a aplicação de datas posteriores a muitos livros do Velho Testamento. Os verdadeiros conservadores aceitavam a idéia implícita de que Moisés escreveu o Pentateuco, Isaías escreveu o livro de Isaías, de que Daniel escreveu o livro de Daniel e assim por diante, e que as Escrituras são isentas absolutamente de erros em seus escritos originais.
Nos anos recentes o termo “conservador” tem sido aplicado a homens e livros que não são verdadeiramente conservadores em toda a extensão da palavra.
Um fundamentalista é aquele que crê nos “fundamentos” (doutrinas fundamentais) da fé cristã, tais como são estabelecidas nas Escrituras. No decorrer dos anos a Igreja tem-se apegado a estes grandes fundamentos (a estas grandes doutrinas fundamentais). Os fundamentalistas rejeitaram sempre, decididamente, a crítica destruidora da Bíblia.
De modo essencial, portanto, os fundamentalistas abraçam e defendem as mesmas verdades que costumam abraçar e defender os “conservadores”. Alguns, que são ortodoxos, tem hesitado em usar o termo “fundamentalista” para designar a sua própria posição, por terem conhecido alguns fundamentalistas que, dizem eles, foram belicosos. Beligerância, contudo, é uma atitude não limitada, de modo particular, a determinados indivíduos ou a determinados grupos de indivíduos. Ele é encontrada entre radicais, liberais, conservadores. De fato, quase podemos afirmar que em qualquer setor de atividade do pensamento humano que se possa imaginar, existem beligerantes. Se o termo “fundamentalista” realmente indica uma pessoa que aceita as verdades fundamentais das Escrituras, não há razão para que aqueles que assim crêem recusem este nome.


VII - Por que sou fundamentalista?


Porque o termo evangélico não satisfaz a necessidade de hoje. O termo evangélico não distingue bem entre os verdadeiros e ortodoxos crentes e os falsos.
Por muito tempo o termo “evangélico” foi um termo definido. Hoje temos os chamados neo-evangélicos.
os neo-evangélicos professam o termo “evangélicos”porque é menos ofensivo e oferece maior flexibilidade na sua teologia. Mantém uma coexistência pacífica teológica.

05 novembro 2009

Aniversário de 52 anos da IPFI

Do dia 30 de Outubro ao dia 1º de Novembro de 2009, a IPFI comemorou 52 anos de sua fundação.
As conferências de aniversários tiveram o tema: Andando nos passos de Jesus.

Agradecemos a Deus por mais um ano de vida dessa igreja que é a mais antiga da localidade e que tem sido uma fervorosa defensora dos preceitos Cristãos Bíblicos da irrefutável palavra de Deus.
Que o Senhor possa sustentar este trabalho.
Vejamos algumas fotos.