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23 março 2010

Os Perigos da Inconstância



“Ó insensatos  Gálatas!
Quem vos fascinou a vós,ante cujos
olhos foi representado  Jesus Cristos como crucificado?”  

Gálatas 3:1


Os Gálatas eram descendentes dos gauleses, que invadiram a Grécia e a Ásia menor, cerca de três séculos antes da era Cristã.
Tinham  certos  traços característicos:
A inconstância por exemplo, era um desses traços.
Nenhum povo abraçou mais depressa e com tão boa vontade o cristianismo do que o da Galácia.
Muitos foram os que receberam a mensagem do evangelho pregada pelo Apóstolo Paulo. Receberam-na com fé e entusiasmo. 
Receberam-na com gratidão e respeito como o fariam com um anjo ou ainda com o próprio Salvador. Eles estavam prontos até a substituir os olhos enfermos do Apóstolo Paulo por seus  olhos sãos, se isso fora possível.
Mas nenhumas outras igrejas locais caíram tão depressa da fé, como estas.
Os falsos mestres conseguiram facilmente manobrá-los.
Os Gálatas eram volúveis. “Sois vós tão insensatos que tendo começado pelo espírito acabeis agora pela carne? Gálatas 3: 3.

Outra característica dos gálatas era a superstição. Praticavam os gálatas não crentes o culto de CIBELE  deusa mitológica, filha do céu e da terra, mulher de saturno, mãe dos deuses.
 Sendo os gálatas tão volúveis, isto criava uma péssima situação espiritual. O apóstolo Paulo,   então  tenta  salvar  a   igreja dessa volubilidade. Igreja outrora tão promissora, mas que agora estava se afastando da mensagem cristalina, anunciada anteriormente pelo apóstolo Paulo.

Ele disse: “fico surpreso, estou admirado, de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou, à graça de Cristo para outro evangelho”

Os gálatas facilmente haviam mudado de atitude.   Quando receberam o apóstolo Paulo foi com extrema dedicação. Paulo deu esse testemunho a respeito deles,  ”...se possível fora arrancaríeis os vossos olhos e mos daríeis” Gal. 4: 15.  Mas agora a situação é outra e outra  a   atitude.

Deixam-se arrastar por judaizantes,  falsos mestres, falsos profetas, que pervertem o evangelho de Cristo, mesclando-o  de judaísmo com o que apresentam; um evangelho diferente do de Cristo. E não contentes com isso, minam a autoridade apostólica de Paulo, procuram arruinar sua obra e isolar os crentes da sua companhia:
Paulo alertou aos gálatas quanto a esses falsos mestres, “eles vos procuram zelosamente, não com bons motivos, mas querem excluir-vos ou (isolar-vos) para que os procureis com empenho”. Gal. 4:17

A inconstância na crença, na prática do primeiro amor, na doutrina que temos aprendido das Sagradas Escrituras, jamais encontre guarida em nosso ambiente cristão. A volubilidade é detestável.

Quantos que a semelhança dos gálatas são  inconstantes.
 -Inconstantes na frequência aos cultos.  Numa semana estão super  entusiasmados na igreja, na outra ninguém sabe por onde andam.
-Inconstantes no interesse pela evangelização.
-Inconstantes na doutrina. Hoje, aparentemente tão firmes, amanhã negando tudo que defendiam hoje.

A fidelidade dever ser mantida em sua pureza e integridade, sem solução de continuidade, até a morte. “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” disse o Senhor Jesus.  Ap. 2:10

Pr. José Vasconcelos
Igreja Presbiteriana Fundamentalista do IPSEP
  

01 março 2010

O mundo continua amando o que é seu




“ Se vós fósseis do mundo, o  mundo  amaria  o  que  era  seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece”  João 15: 19

Terça-feira a noite, depois do culto de doutrina, dirigi-me ao ponto de ônibus como costumeiramente faço, hora de voltar para casa.
Enquanto esperava o coletivo, um senhor de meia idade falava irritado para os que estavam à sua volta. Estava irado contra os crentes, dizia: “é um absurdo esses crentes darem seu dinheiro para a igreja, muitos deles não tem onde morar vivem na miséria, mas contribuem para a reforma da igreja, construção de templos, isso é inadmissível”.
Até o ônibus chegar, ouvi impropérios, palavras ofensivas, inverídicas, mescladas de ódio contra os servos do Senhor Jesus Cristo, só porque contribuem financeiramente com suas igrejas.
Não muito depois desse fato o Recife entrou no clima de carna- 
val. Nesse período vi algumas coisas que me fizeram lembrar daquele homem inconformado com as ofertas dos remidos do Senhor.
Neste ano a Prefeitura de Olinda liberou sete milhões de reais para o carnaval. A do Recife vinte e nove milhões. Destes, quatro milhões foram liberados para o “Galo da Madrugada” que a cada ano está ficando mais descaracterizado.
Pergunto: você ouviu alguma  crítica de  alguém inconformado porque tão alta quantia foi destinada ao maior bloco carnavalesco do mundo que já entrou para o livro dos records?
Você viu alguém revoltado acerca   desse   dinheiro   jogado fora que contribuiu para a promiscuidade e degradação no seu mais alto nível?
Você percebeu a devoção que essa imagem do galo, erguida em pleno centro da cidade do Recife, recebe? Todos querem vê-lo, fotografá-lo, tornou-se um deus. Arrebanha milhares de pessoas à sua volta num culto regado a muito álcool. Este ano arrastou um milhão e meio de devotos. O seu hino oficial foi uma composição de Almir Rusch que dizia: “galo eu te amo, sem você não sei viver”.  Eliana Victório, uma jornalista da S.B.T declarou: “o galo até parece uma religião, os que vão ao galo é como uma profissão de fé”
Você ouviu algum folião reclamar porque estava pulando ao meio dia no asfalto escaldante, temperatura de quase quarenta graus? Mas esse mesmo folião não mede palavras para criticar o irmãozinho que sai para evangelizar nesse mesmo horário chamando-o de otário idiota.
Você ouviu alguma crítica aos nomes mais degradantes que são dados a certos blocos, cheios de insinuações maldosas num desrespeito sem limites à moral e aos bons costumes?
Uma apresentadora da TV disse: “são nomes sugestivos, é uma esculhambação, mas com respeito” Foi isso que você viu?
Eu não poderia deixar de mencionar que muitos participantes desses blocos são pobres. Passam o ano trabalhando, juntando, pedindo dinheiro para a confecção da fantasia, mas você não ouve ninguém criticando essa gente carente que destina parte do seu salário, do seu dinheiro minguado, para gastar na folia. Mas se um desses se converte e canaliza o dinheiro que dava antes a satanás para a obra do Senhor, receberão as críticas impiedosas dos filhos do maligno.
O Salmista já retratava esse tipo de gente quando escreveu: “O justo é liberal, dá aos necessitados... o ímpio verá isto e se enraivecerá rangerá os dentes”
                                          Salmos 112: 9-10
Você viu alguém irritado porque vários blocos desfilaram em plena segunda-feira antes do carnaval, e demais dias da semana, com caboclinhas pulando seminuas em plena luz do dia nas ruas mais movimentadas da nossa cidade? Dos homossexuais com roupas escandalosas e trejeitos mais escandalosos ainda recebendo os aplausos dos que estavam em pé na frente das lojas sem movimento?
Você viu algum protesto por causa do caos que se tornou a cidade com a mudança do trânsito? Mas é provável que alguns se sentiram incomodados porque um crente realizou um culto em frente à sua casa. Porque tiveram que esperar alguns segundos na rua enquanto o irmãozinho saia do estacionamento da igreja.
Você viu algum enfeite de carnaval depredado, pixado, rasgado, lançado ao chão?  Com certeza, não.
Mas você viu na quarta-feira os ônibus depredados, nosso meio de transporte. Foram 491 ônibus atingidos, R$ 87.000,00 serão os gastos para reparar esse prejuízo. Isso equivale a quarenta e sete mil passagens de R$ 1,85, valor que será repassado para a tarifa conforme informação de um funcionário do setor de transportes.
O revoltado do ponto de ônibus, lembra dele? Que criticava o irmão que dá sua oferta na igreja, vai pagar esses quarenta e sete mil reais junto com todos que são usuários desses coletivos.
Aconteceram 645 crimes no Recife e região metropolitana. Desses, 77 mortes.
Bem, para não parecer que sou tão pessimista assim, quero terminar com uma boa notícia.
As autoridades consideraram esses números como um saldo positivo  pois, segundo eles, no ano passado foi pior. 

Pr. José Vasconcelos