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31 dezembro 2012

 
 

Feliz Ano Novo



“Coroas o ano da tua bondade...”
Salmo 65:11

 
Davi  agradece  e   louva  a  Deus neste salmo, por sua bondade demonstrada nas muitas bênçãos que lhe dispensou no transcorrer do ano, cujo término está contemplando com gratidão.
Davi dá graças a Deus pelas bênçãos recebidas. E, olhando para o ano que surgia a sua frente disse: “Coroas o ano da tua bondade”
 O ato de coroar nos faz lembrar uma série de coroações antigas. A coroação dos heróis, quer nos jogos atléticos, quer nas batalhas, em grandes feitos de armas, caso em que recebiam para cingir a fronte “a coroa da vitória”, constituída de folhas de louro entrelaçadas, naturais ou metálicas. O apóstolo Paulo falou da coroação.
“E se alguém milita não é coroado se não militar legitimamente” (2Tim. 2:5).  “Desde agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia...” (2Tim. 4:8). Assim, vemos que o ato de coroar tão comum nos povos da antiguidade é na Bíblia muitas vezes personificadas  para indicar figuradamente uma realidade espiritual. Paulo fala da “coroa da justiça”, Tiago fala da “coroa da vida” (Tg. 1:12)
O apóstolo Pedro fala da “imperecível coroa da glória” (1Pe. 5:4) e, finalmente, a coroação de Jesus glorificado.  Hebreus 2:9 nos diz: “vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos...”.
O Término de cada ano é como um marco na prolongada estrada da vida. Cada ano é um ponto de referência entre o passado e o presente, entre o presente e o futuro.
Pense seriamente sobre a sua vida espiritual nesse novo ano. De onde vim? Onde estou? Para onde vou? E obtenha a resposta as todas essas indagações lendo, e meditando na palavra de Deus.
Reflitamos sobre o que fizemos no ano que passou, ponderemos bem na balança da vida qual a concha que subiu e a que desceu. Quem sabe a concha da negligência, do descaso, da amargura, do ressentimento tenha sido mais pesada neste ano que acaba de findar.
Um ano novo começou; novas oportunidades estarão diante de todos. Oportunidades de colocarmos na concha o desejo de uma vida santificada, de serviço a causa do mestre, de piedade cristã, de desapego  as  coisas  materiais,  para
que, ao fim de 2012, se for da vontade do Senhor chegarmos lá.
Chegarmos com a alegria do dever cumprido, com a consciência pura, iluminada pelo Senhor.
Quem de nós chegará ao término de 2012? Será que daqui a um ano estaremos juntos?
Bem, se estamos no Senhor, estaremos seguros quer vejamos o raiar de 2012 ou não, pois a Palavra nos diz: “...não temos aqui cidade permanente, mas vamos buscando a futura” Heb. 13:14
Oremos ao Senhor como o salmista Davi o fez: “Coroas o ano da tua bondade”. Sim, Senhor, que a tua graça e misericórdia estejam sobre mim e sobre todos os nossos leitores, sobre o teu povo na face da terra. Visita ó Pai aos enfermos, os que estão hospitalizados, àqueles que não poderão estar com os seus, faze-lhes sentir a Tua presença para que a verdadeira alegria se manifeste neles.

Que o Senhor continue nos abençoando em todo o ano 2013!
Feliz Ano Novo para todos com Jesus Cristo na direção!!!
 
 
 
Pr. José Vasconselos
 
 


22 dezembro 2012


 
 
 
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“Hoje, na cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que  é Cristo o Senhor”

 Lucas 2: 11



Recordar  e   comemorar  o nascimento de Jesus , é um ato que está ligado intimamente ao caráter do cristão. Verdade é que todos os dias temos o dever e até a necessidade de, lendo um capítulo só que seja do evangelho, recordamos o nascimento, as obras, as maravilhas, a doutrina, a morte, a ressurreição e ascensão do nosso querido Salvador; e ver em tudo isso o seu amor divino e a sua grande misericórdia.

Diz-nos o evangelista Lucas que, naqueles tempos, ordenou Augusto, imperador romano, que se fizesse o senso ou alistamento, de todos os seus súditos.

A Águia romana queria, no seu orgulho, ufanar-se mostrando ao mundo o poder das suas armas e a vitória por elas alcançadas, sobre tantas nações que então gemiam sob o seu jugo.
Uma delas era a Judeia. Pátria dos santos patriarcas, mãe de tantos inspirados profetas, e que dera o berço a um Samuel, a  um  Davi,   a  um  Salomão, que assombrara os reinos da terra com a magnificência do seu reinado.

Agora, a Judeia tinha de sujeitar-se como conquistada, às ordens do imperador romano e todos os seus súditos se encaminhavam para a capital, Belém, a fim de cumprirem com o decreto real.

Para muitos, especialmente os pobres, velhos e doentes, era esta uma peregrinação penosa. E, entre esses peregrinos, lá iam a Pátria do rei Davi; José o carpinteiro e Maria. A jovem pobre, a virgem de Nazaré.

Maria estava grávida, esperava em breve dar à luz, o fruto concebido em seu ventre por obra e graça do Espírito Santo, conforme lhe anunciara o anjo Gabriel. (Lucas 1:30). A gravidez não lhe permitia fazer a jornada com tanta rapidez como os demais que iam a Belém.

José, esposo dedicado e justo, acompanhava-a, esperando o momento em que se cumprissem as palavras que ouvira da boca de um anjo do Senhor. “não temas receber a Maria por tua mulher, porque o que dela se gerou é obra do Espírito Santo”.

Chegaram em Belém, não encontraram pousada. As hospedarias estavam lotadas de forasteiros. Era noite, uma dessas noites lindas, estreladas e serenas, bem que eles poderiam passá-la ao relento ao ar livre; mas, o estado melindroso de Maria não permitia tal coisa.

Era necessário procurar um abrigo para passar a noite e o único lugar encontrado foi uma manjedoura, pousada humilde, junto dos animais que descansavam ao pé da cocheira.

Ali se abrigaram José e Maria. Alta noite, a virgem mãe deu à luz ao divino filho, e não havendo outro aposento, outro berço, ali mesmo foi recostado o filho de Deus, o Criador Supremo do universo, o Salvador do mundo.

Deitado numa manjedoura, tendo como berço umas poucas palhas e umas pobres roupas, ali derramou suas primeiras lágrimas aquele que veio enxugar as nossas.

Oh! Que misericórdia imensa. Quando te dignastes Senhor baixar e sofrer por amor de nós pecadores. Sim, prezados irmãos, somos indignos de tão grande amor, mas olhemos para o evangelho de Jesus e vejamos o que ele nos diz, “hoje, vos nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor”.
 
Pr. José Vasconcelos

06 dezembro 2012

 
 
 
Você é Uma Pessoa de Palavra?
 
 
 
“Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim;  não, não. Porque o que passa disto é de procedên
cia malígna”   Mateus 5: 37

Há uma coisa horrível, mas comum em nossos dias, faltar o homem à Palavra dada.
Parece que era costume dos antigos também, pois já nos tempos de Moisés, necessário foi por entre as leis a seguinte: “Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação não violará a sua palavra: segundo tudo o que saiu de sua boca, fará”.
Por aí vemos que devia haver quem não somente prometia, mas jurava fazer o prometido e não cumpria mesmo quando o compromisso tomado era com Deus. E por isso foi necessária a lei, pois que geralmente, surge uma regulamentação onde se quer reprimir algum abuso.
Primeiro se faltou com a palavra dada, depois  se  julgou  que, hávendo juramento, a palavra dada tornaria sagrada, irrevogável, segura.
E a promessa vinha, pois, seguida de juramento.
Este era feito empenhando-se o nome de alguma pessoa ou alguma coisa considerada sagrada.  Havia os que juravam sobre o nome de Deus, ou pelo céu ou pelo Templo em Jerusalém (que era considerada a morada de Deus entre os judeus) ou pela honra e assim por diante, conforme o gosto da pessoa que fazia o juramento.
Mas isso tornou-se hábito comum. Por qualquer coisa a pessoa dizia: “juro pelo nome do Senhor” ou “juro por Jerusalém” e em seguida se esquecia das palavras de compromisso proferidas e fazia o contrário do que havia dito.
Hoje se nota o mesmo mau hábito. Quando queremos que alguém acredite em nossa palavra dizemos: pode confiar em mim, sou um homem de palavra, Deus me livre de enganar os outros, no entanto o que temos visto? Juramentos sendo quebrados, juramentos que foram feitos em forma de promessas.
O noivo diante do altar promete à noiva que será fiel a ela até a morte. A noiva também faz as mesmas promessas. Essas promessas tem sido cumpridas? Sabemos que num grande número de casos, não.
Pastores, presbíteros, diáconos, quando ordenados, prometem diante do Senhor e da igreja serem fieis no exercício do ofício para qual foram eleitos. O que vemos? Muitos destes quebrando os seus votos.
Crentes que ao serem batizados, prometem publicamente observar as diretrizes da igreja, inclusive a de não deixa-la enquanto ela (a igreja) for fiel as Escrituras; mas o que vemos? Crentes que por quase nada, por coisas mínimas, desgostam-se da sua igreja, vão embora e saem falando mal da entidade que ele deveria amar, cooperar e defender. O que é isso? É índice de decadência moral. Prova de que  o  homem não sabe cumprir
com suas promessas, perdeu a noção de responsabilidade, o preço pela honradez em seus compromissos.
Antigamente a palavra de um homem valia muito, hoje, com uma série de documentos assinados, testemunhas, reconhecimento de firmas e tantas outras coisas mais, nada mais são do que farrapos de papel. E no entanto, foram documentos assinados com empenho da honra, mas quem acredita em tratados?  Em respeito a palavra dada? Em penhores?
A desconfiança permeia a humanidade;  é trágica a situação em nossos dias no que diz respeito a isto.
Não podemos crer na palavra do comerciante, não podemos crer na palavra do político, não podemos crer na palavra do advogado, não podemos crer na palavra de muitos pastores.  Desconfiamos de tudo e de todos, com juramento ou sem juramento, com firma reconhecida ou sem firma.
Precisamos dar um basta nisso. Cristo disse: “Seja o vosso falar sim sim, não não”. Você é um crente no Senhor Jesus? Pois fale a verdade. As mentiras prejudicam a você e a igreja, da qual você é membro.
Você é comerciante, pedreiro, taxista seja lá profissão que exerça, seja honesto. Dê testemunho de crente, você foi chamado para ser luz. Mentira, desonestidade, palavras torpes são obras das trevas, não condiz com o crente.
Há necessidade urgente duma grande reforma moral, do aprofundamento da consciência da responsabilidade perante Deus e os homens.
Você  é  um crente no Senhor Jesus Cristo? Então é para você que Cristo disse: “Seja o vosso falar sim sim, não não”.
A vida do homem deve valer de fiança para a sua palavra.
Aquele que verdadeiramente preza a sua pessoa, o seu renome, a sua honra, não precisa jurar, nem por isso nem por aquilo, porque o que a sua boca disser, aquilo mesmo é o que é.
 
Pr. José Vasconcelos
 
 


27 novembro 2012

    
 
 
 
A Mulher Moderna

     Para  as  feministas, mulher  moderna é aquela que convive com os homens, mas não depende deles, ou pelo menos, luta para romper essa relação de dependência. A mulher cristã tem de suportar as asneiras ditas pela mídia sobre o seu papel, sua importância e seu lugar na sociedade. A mulher cristã tem que estar alerta, vigilante para que a antiga serpente não faça com ela o que fez com Eva no passado, deixando-a confusa.
     A Bíblia tem a palavra final sobre o comportamento humano. Deus não quer zombar de nós com as coisas que inclui na Sua palavra. Ele não pretende fazer com que o seu povo sofra sob uma expectativa irreal que jamais poderá concretizar.
     Hoje a mulher é incentivada a ser independente de tudo e de todos. Ela recebe todo tipo de mensagens, todo o tipo de supostas provas de que a independência é o único meio de ser feliz e, fazer o que quer, e tornar-se o que lhe agrada, irá proporcionar-lhe paz e alegria. Muitas mulheres crentes ficam  confusas,  indecisas entre o continuar nos padrões conservadores que lhes foram passados através das gerações, ou se rompe com tudo isso para poder voar livremente. Muitas mulheres ficam imaginando qual será o comportamento certo para elas.
     A imagem de uma dona de casa ficou associada a uma condição de vida inferior. A historiadora antropóloga Norma Teles, da Universidade Católica de São Paulo, está muito preocupada com as mulheres que preferem cuidar da casa, do marido, dos filhos e delas próprias, a  trabalhar; – “dedicar-se à casa pode ser o retorno de um modelo que já se tornou falido” disse ela.  Por causa desta filosofia de vida tão aceita e defendida atualmente, temos como consequência uma família falida, uma nação falida e o pior uma igreja em crise prestes a falência.
     Mulheres! Busquem a Palavra, orientem-se por ela. Saibam como ser mulheres de Deus neste mundo. Estejam vigilantes porque são muitos os que estão prontos para dar as mulheres uma orientação falsa.
     Há muitas classes de mulheres. Mulheres bonitas, mulheres sábias, mulheres que vencem em suas carreiras, mulheres talentosas, mulheres solteiras, mulheres casadas, mulheres viúvas  e  divorciadas.
Com certeza todas as mulheres da nossa igreja estão incluídas numa ou mais classes qui referidas. Mas o desafio à mulher de hoje é o eterno desafio para que elas sejam mulheres piedosas.
Esta palavra soa estranhamente aos nossos ouvidos, dificilmente a ouvimos hoje. Refletia sobre as mulheres que compõe a nossa igreja. Na minha reflexão fiz algumas perguntas e à semelhança do sábio Salomão que dizia nos seus provérbios: “Há três coisas que me maravilham, e a quarta não conheço” (Pv. 30:18) – Pude responder a algumas delas tendo dificuldade com relação a última.
     Quantas são as mulheres da nossa igreja? Quantas são as talentosas? Quantas são as trabalhadoras? Quantas são as piedosas?
     É coisa muito mais nobre ser uma boa esposa que ser miss universo. É uma realização muito maior formar cristão, a escrever uma novela cheia de imundícia.  É coisa muito mais importante no reino moral ser antiquada a ser ultramoderna.
     O mundo tem mulheres demais que são populares, ele precisa de mais mulheres que sejam puras. O mundo tem mulheres demais que sabem ser espertas, mas ele está precisando de mulheres piedosas.
     Não nos enganemos, sem Cristo no coração podemos ser fisicamente perfeitos, intelectualmente brilhantes, mas espiritualmente mortos.
     Mulher presbiteriana, o maior desafio para você hoje é ser uma mulher piedosa, porque bonita você já é.

Pr. José Vasconcelos

20 novembro 2012




As Marcas de um Verdadeiro Profeta

"Eis que um homem de Deus veio de Judá a Betel com a palavra do SENHOR..." 1 Reis 13


Um  profeta é um  homem que ouviu a voz do Senhor e sabe transmitir a outros o que Deus quer da sua vida. O que Deus quer que seja dito.
Há alguns chamados profetas, que só sabem dizer o que Deus lhes disse sem se importarem se a sua própria vida está em conformidade com a vontade de Deus ou não.
Um verdadeiro profeta ouve a voz do Senhor e logo amolda a sua vida com o modelo de Deus. Isto nos faz servos de Deus e não meros instrumentos.
Balaão sempre falou o que era da vontade de Deus, mas, todo tempo estava a desejar seguir sempre o seu próprio caminho.
Você pode dizer: “mas, todos os   crentes   ouvem  a  voz  do Senhor pela Bíblia” e certamente todos os crentes lêem a Bíblia. É possível ler a Bíblia e não ter coisa nenhuma da revelação do Senhor.
Como pode ser isso? Quando você lê a Palavra com os olhos críticos, duvidando da sua veracidade, quando você a lê para obter informações e nada mais; você não está  desse modo se apropriando da revelação de Deus.
No cap. 13 do 1Reis, temos um profeta a quem Deus falou e sobre quem a autoridade de Deus repousava quando ele transmitia a vontade divina.
Ele podia dizer: “Assim diz o Senhor” e não; “É provável que o Senhor queira dizer isto”.
Aqui não havia incerteza nem hesitação; a Palavra de Deus ecoava e ardia num coração tocado pelo Espírito Santo e teria onde quer que se ouvisse.
Assim, descobrimos na Palavra de Deus qual deve ser a atitude de um verdadeiro profeta do Senhor.
Ele não pode macular a Palavra de Deus. Ele não pode fingi-la com as ideias humanas ou adulterá-la. Mas é o que temos visto. Homens arrogando para si o título de profeta e mutilando a Palavra, dizendo o que a Bíblia nunca disse.
O Cap. 13 de 1Reis  já mencionado, começa assim: “E eis que um homem de Deus veio de Judá com a Palavra do Senhor a Betel e clamou contra o altar com a Palavra do Senhor”.
A esse homem, cujo nome não sabemos, o Senhor não só ordenou que profetizasse contra o altar construído pelo o iníquo Jeroboão rei de Israel, mas também lhe disse: “não comerás pão nem beberás água, nem tornarás a voltar pelo caminho que fostes”.
O que vemos aqui? Vemos que aquele homem de Deus não somente tinha ouvido a voz do Senhor, mas tinha o seu caminho traçado por Deus. “não voltarás pelo caminho por onde fostes”.
Importava diante de Deus o caminho do seu servo. Foi Deus que teve o cuidado de o traçar na sua sabedoria e amor. Não quis que houvesse dúvida ou erro na missão de que tinha encarregado o profeta. O profeta não escolheu o caminho para levar a mensagem, o caminho foi escolhido por Deus.
Uma pergunta fica no ar; se você é um crente no Senhor Jesus Cristo evidentemente você é um profeta, pois, foi chamado para anunciar as Boas Novas de Salvação, para mostrar aos homens o futuro que lhes espera.
A pergunta é: Por onde andas? Por qualquer caminho? Por caminho que os homens te traçaram? Por caminhos mundanos? Esses pés, que são portadores de salvação e libertação, estão presos por algum laço ou algum lugar?
Se Deus te entregou uma mensagem, também Ele te traçou um caminho. Um caminho direito, como sabia João Batista. Um caminho de santidade, como Isaías bem conhecia.
Meditemos na Palavra do Senhor registrada em Oséias 14:9 “Os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles...” Andemos, pois, nos caminhos que o Senhor tem traçado para nós.

Pr José Vasconcelos

12 novembro 2012



Igreja Presbiteriana
Fundamentalista do IPSEP

 Como Edificar a Igreja de Cristo?
Andando com Cristo
Pr. Gedeão Ferreira
IPB em Tejipió - Recife - PE
 
 
 
Como Edificar a Igreja de Cristo?
Sendo Educado Por Sua Palavra 
 Pr. Jaziel Cunha - IPC em Paulista - PE
 
 
 
Como Edificar a Igreja de Cristo?
Aguardando a sua volta
Pr. Demétrio Rocha - IPF em João Pessoa - PB
 
 
Memorial
Cinquenta e cinco anos já passaram e a Igreja Presbiteriana Fundamentalista do IPSEP continua não somente na memória dos que dela participaram mas, na reflexão e prática dos membros que a compõe no presente.
 
Teve seu inicio em torno de um eixo aglutinador; "evangelização" e "defesa da fé" uma vez dada aos Santos.
 
Esta foi a motivação dos pioneiros, daquele que foi poderosamente usado por Deus para a implantação da Igreja Presbiteriana Fundamentalista no Brasil, o Rev. Dr. Israel Gueiros e daqueles que abraçaram esta causa por entenderem as palavras do apóstolo Paulo quando disse: "ninguém pode por outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus Cristo." I Co 3.11.
 
Esta declaração do apóstolo dos gentios impulsionou os fundadores desta igreja, (Maria Policarpo, Manuel Tristão, Francisco Alves de Siqueira, João Macelino Tavares, Odilon Borges de Souza, Noemia Brás de Lima, Cecílio Antonio de Lima e outros) e tem-nos impulsionado até hoje em todos os passos da nossa vida.
 
A igreja caminhou, apontou rumos, sempre alerta para a integridade da sua missão, disseminando os princípios bíblicos fundamentalistas.
 
A Silhueta da igreja hoje é a mesma de cinquenta e cinco anos atrás, entusiasmo, maturidade, disposição para combater "os ismos modernos".
 
Jesus Cristo nunca mudará "Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente" (Hebreus 13:8). Assim, também, a igreja fundada por Ele deve permanecer fiel aos princípios por Ele ensinados.
 
É um privilégio chegarmos ao quinquagésimo quinto aniversário da nossa igreja, que tenhamos cumprido os propósitos de Deus nestes cinquenta e cinco anos que foram dados.
 
Neste cinquenta e cinco anos o Senhor tem enviado pastores para alimentar e conduzir o rebanho desta igreja e, nós agradecemos pela vida e dedicação de todos eles a saber:
 
Rev. Dr. Israel Furtado Gueiros - Fundador
Rev. Otoniel Esdras Florêncio da Gama - 1959/1962
Rev. Cleto Portela Barbalho - 1963/1964
Rev. Otoniel Esdras Florêncio da Gama - 1965/1966
Rev. Eduardo Rocha Júnior - 1967/1968
Rev. Uziel Furtado Gueiros - 1969
Rev. Israel Furtado Gueiros Filho - 1970/1984
Rev. Samuel Joaquim dos Santos - 1985/1988
Rev. Neemias Reinaux - 1989/1990
Rev. Sérvulo Morais 1991/1992
Rev. José Vasconcelos da Silva Filho - 1993 até a presente data.
 
Ao Senhor da graça e da vida, nós consagramos este quinquagésimo quinto ano.
 
 
Rev. José Vasconselos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

31 outubro 2012

 
 
 

"Conheçamos e prossigamos a Conhecer ao Senhor..."
Oséias 6: 3a

 
 
 
 
Até   o   ano  de  1780,  não   havia Escola Dominical  nas igrejas. Neste ano porém, um jornalista inglês por nome Robert Raikes,  fundou a Escola Dominical para ministrar educação cristã as crianças pobres que não frequentavam escola. Nessa época a situação moral e espiritual do país era preocupante. Raikes observou que entre as causas dos crimes e bebedice desenfreada estava a ignorância. As crianças trabalhavam durante a semana e, aos domingos, ficavam nas ruas sem qualquer atividade. Para esses meninos, Raikes teve a idéia de organizar uma escola que funcionaria aos domingos, e não cuidaria apenas   da   educação  secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como livro-texto.

Hoje, ninguém questiona a importância da Escola  Dominical na vida do crente. Ela tem servido para a formação do caráter.    Transmite conhecimentos bí-blicos e livra  o protestantismo dos abusos da autocracia clerical. A.S. London afirmou certa vez, mui acertadamente: “Extinga a Escola Dominical e dentro de quinze anos, sua igreja terá apenas a metade de seus membros”.

Houve, também, quem afirmasse: “75% dos membros de todas as denominações, 85% dos obreiros e 95% dos pastores e missionários, foram em qualquer tempo, alunos da Escola Dominical do Profº Di Benson.

Tornou-se a Escola Dominical tão importante, que já não podemos conce-ber uma igreja sem ela. São muitos os benefícios trazidos por esta escola. Nela aprendemos a Bíblia, a mensagem do Todo Poderoso. O estudo bíblico e doutrinário devem ser o objetivo maior de uma Escola Dominical pelas relevantes razões apresentadas:

- A Escola Dominical é a maior agência de ensino da Igreja;
- Nenhuma outra reunião tem um programa de estudo sistemático da Bíblia com a mesma  abrangência e profundidade;
-  Ela é ajustada a cada faixa etária;
- Tem um currículo que  possibilita um estudo completo das Escrituras em  linguagem  acessível  a  cada segmento;
- É relevante porque fortalece a comunhão com Deus  entre os irmãos;
-  Propicia um ambiente favorável ao inter-relacionamento dos crentes;
- Prepara a pessoa  para  enfrentar  melhor os problemas da vida;
-  Apresenta oportunidade para  compartilharmos experiências cristãs;
- Reúne as pessoas num caráter participativo;
- Dar oportunidade de trazermos outros para ouvir a mensagem do evangelho;
- Fonte de Educação que transforma vidas.

A Escola Dominical tem sido por muitos anos o termômetro da igreja. O que ela faz, o que ela realiza ou deixa de realizar, reflete-se no trabalho da nossa igreja. Portanto, é pela Escola Dominical que se reconhece uma igreja em relação a sua atuação e trabalho.

No entanto, o que vemos hoje é uma grande fatia do povo evangélico não dando o mínimo ou nenhum valor a Escola Dominical. Tais membros nem de longe imaginam as bênçãos que estão perdendo. O crente vive da Palavra (Mateus 4:4), porque a cada domingo pela  manhã, a Palavra é abundantemente ministrada.

A credibilidade da Escola Bíblica Dominical  precisa ser restaurada. Ela não é sociedade interna como a AAF ou  S.V.S.   É uma sociedade só de líderes? Não.  É a própria igreja crescendo e desenvolvendo-se através do estudo da Palavra de Deus. Se a escola for fraca, consequentemente a igreja será fraca. Precisamos conscientizarmos dessa importância e prioridade. Dediquemo-nos à Escola Dominical nosso tempo, nossa oração, nossos cuidados e prestígios. O dinamismo da Escola Dominical depende de mim, depende de você e depende nós.
Também, não nos esqueçamos que o lar pode ser o mais forte aliado da Escola Dominical ou, seu pior inimigo.

Venha a essa maravilhosa escola, ela só traz benefício.
Venha e Traga seus Filhos!
 
 
Pr. José Vasconselos


23 outubro 2012

“Deixai vir a mim, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus” 
Marcos 10:14
       
Você sabia que os filhos são presentes de Deus aos Pais? Eva, logo que lhe nasceu Caim, declarou: “Alcancei de Deus um varão”, e depois, da chegada de Sete afirmou ela ainda: “Deus me deu outra semente”.  Jacó, sendo interrogado por Esaú a respeito dos seus filhos, respondeu-lhe: “São os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo”. Por sua vez, José, encontrando-se com seu velho pai Jacó, apontando para os filhinhos disse-lhe que “eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui” (Gn. 48:9).       

 E muitas outras passagens confirmam esta verdade. As crianças são dádivas, são  presentes que Deus entrega aos pais. Estas dádivas são de elevado preço. Uma criança não é uma coisa qualquer que se atire para um canto com desprezo. É uma personalidade íntegra. Tem um corpo que deve ser cuidado, uma alma que merece zelo, uma inteligência e uma vontade que exigem cultivo e ambiente próprio.
Foi também pelas crianças que Cristo deu sua vida numa cruz. Comprou-a por preço de sangue.

É esse, precisamente o valor do tesouro que Deus graciosamente entrega aos pais. Quando você embala o seu filhinho ocorre-lhe porventura que ali está um presente divino que vale mais do que os mundos? Se todos os pais tivessem tal consciência, não haveriam tantas crianças abandonadas pelas ruas, pelas sarjetas  cheirando cola, se prostituindo, praticando violência, disto podemos ter certeza.
Segundo a Bíblia, os pais são depositários dessas dádivas. Deus lhes entrega as criancinhas para eles as guardarem com zelo e amor. Os pais têm a responsabilidade de alimentar-lhe o corpo com o pão de cada dia, e nutrir-lhe o espírito com a verdade. Cristo disse numa certa ocasião “Deixai vir os meninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus” (Mc. 10:14).

Como vão as pais devolver ao Doador as criancinhas que lhe foram confiadas? Temos de pensar seriamente nisto. Deus quando nos deu filhos, nos deu com personalidades íntegras; como vamos devolvê-los mais tarde? Com personalidades corrompidas e devassas? Pensemos na nossa responsabilidade diante de Deus quanto os nossos filhos.

Cristo disse que as crianças são do reino de Deus. Logo, devem ser mantidas dentro desse reino.  Os pais devem, portanto,  formar-lhes  na meninice, tal convicção da verdade que a criança cresça e produza sempre dentro dessas Sagradas normas do reino. Cristo ainda disse “não as impeçais” – Eis aí um mandamento de Cristo. Os pais não podem impedir que as crianças vivam no aconchego de Deus. Mas, o que temos visto?

Crianças que desejam ir a igreja, que amam ao Senhor, que querem louvá-Lo e são impedidas pelos seus pais. Cristo disse que da boca da criança sai o perfeito louvor. Você que é pai, você que é mãe, não pode, biblicamente falando, impedir que seus filhos busquem ao Senhor.

Temos conhecimento ou mesmo visto pais que, debruçam no berço aonde está a criança, soprando cigarro sobre o rostinho inocente. A criancinha cresce, vê os pais viciados e imita logo seus vícios. Este procedimento predispõe a criança para o crime e para a desgraça. Temos visto pais ensinarem aos filhos a usar palavrão. Como dói a alma contemplar uma criança inocente repetindo sem saber as palavras torpes ditas pelos pais; e o mais doloroso é, vê-los rindo quando os filhos as pronunciam com uma certa  ênfase. Como machuca o coração ver alguns pais ensinado os filhos a se prostituírem. Vi, a muitos anos atrás, um  pai forçando o filho menor a beber uma dose de aguardente “pinga”.  A criança dizia: “pai eu não quero, eu não quero”  e o pai retrucava: beba, para aprender a ser homem.

Como vão devolver ao Criador essa joia santa que lhes foi confiada? Cristo se indignou com os que não compreendiam as crianças e as impediam por isso, de ir a Jesus.  Cristo também se aborrece com os pais que hoje fazem o mesmo. Vejamos como estamos orientando os nossos filhos e, como vamos devolvê-los a Deus.

Determina na sua Palavra como cuidar das crianças – “instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. Provérbios 22:06 . O apóstolo Paulo escreveu aos Efésios “Criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” Ef. 6:4. Deus colocou ao alcance dos pais uma orientação segura; e exige deles a observância dessa orientação, em relação aos filhos.
 
Por isso, os pais têm de começar consigo mesmos  a tarefa de educar as crianças. Os pais precisam estudar a Bíblia, orar, arrepender-se de seus vícios, cuidar da sua fé e confiança em Deus para guardarem  convenien temente as joias que o Senhor  lhes confiou. Ai daquele que não cumprir o seu dever.

  Pr. José Vasconselos

08 outubro 2012

 
 
 
 
 
“E aconteceu que indo eles de caminho, entrou numa Aldeia e certa mulher por nome Marta, O recebeu em sua casa” Lucas 10:38

Não  tenho  dúvida  de que  você tem amigos. Talvez você nem saiba o número deles. Uns tem mais, outros menos. Mais todos os têm. Também é certo que, dentre os nossos amigos há aquele que é o mais íntimo. Aquele com quem compartilhamos de uma forma mais profunda as nossas necessidades e os nossos desejos. Até mesmo as nossas falhas desconhecidas dos demais, são conhecidas por aquele, digamos assim, amigo especial.

A Bíblia diz que há amigo mais achegado do que um irmão. Esta é uma verdade incontestável. Há, aquele lar onde nos sentimos tão bem quando ali estamos, como se estivéssimos  em nossa casa. E você, por certo está neste momento lembrando-se daquela família, daquele amigo que se enquadra no que acabamos de dizer. Com Jesus não foi diferente.

Não encontramos nos evangelhos outro lar tão querido como o lar de Marta, Maria e seu irmão Lázaro.Aquele lar ficava em Betânia, Aldeia, a menos de dois quilômetros de Jerusalém, na estrada entre essa cidade e Jericó.

Foi aí que Jesus encontrou amor, simpatia, refúgio com os seus discípulos. Foi nesse lar onde Jesus encontrou sossego da multidão, descanso para o corpo e a mente. Estava ali separado dos curiosos que o buscavam por causa do seu poder milagroso. Ali estava protegido das perseguições dos seus inimigos, e ali encontrou amigos que o amavam e estavam prontos a se sacrificarem por ele.

Nesse lar, Jesus era adorado como o Messias. Ali, Ele encontrou uma família inteira que o reconheceu como médico, profeta, e ainda mais que isso – O Filho de Deus. Marta, sua irmã Maria e Lázaro, sentiam-se muito felizes quando Jesus se hospedava em sua casa, pois O amavam muito.
Não tenhamos dúvidas de que durante os dias difíceis da sua última semana na terra, Jesus achou a simpatia e amor desses três amigos amados, uma fonte de conforto e encorajamento.

Quão importante é o lar. O lar cristão é realmente a maior riqueza de uma nação. Nunca houve, provavelmente uma época que necessitasse tanto de uma edificação de altares domésticos e um maior número de lares cristãos, como hoje.

Nunca houve, também, um tempo emque as mulheres estivessem tão ocupadas ou distraídas com muitas coisas como hoje em toda a parte.
Quanta preocupação, quanta correria, quanto dinheiro e tempo desperdiçados em coisas banais, coisas que perecem. E, tão pouco tempo é dedicado, separado paras as coisas que permanecem por toda a eternidade.

Tanto tempo nosso é gasto procurando alcançar as bolhas desta vida e depois de as achar o que temos? Somente uma bola de ar que ao mais leve contato  pode arrebentar, causando desapontamento.

O que está acontecendo hoje? Pessoas sofrendo moléstias, pessoas nervosas devido a vida agitada que levam. Multidões passando o seu tempo em festas e distrações, quebrando o dia do Senhor que é o domingo - dia reservado para a adoração ao Senhor.

Se as famílias da nossa igreja e a nação passassem mais tempo juntas “Aos pés de Jesus”, se gastassem mais tempo em meditação e estudo da Palavra de Deus e, se procurassem aprender  como melhor agradar a Deus em vez de viver para si mesmas, então, como famílias teríamos menos nervos irritados e mais amor uns para com os outros. Teríamos mais alegria e menos cuidados.

O lar cristão é de incalculável valor no avanço do reino de Cristo, e é, o fundamento sólido da nação, ao invés de lares esfacelados, nação esfacelada.
Oremos ao Senhor para que tenhamos mais lares cristãos na nossa igreja.


Pr. José Vasconcelos

25 setembro 2012

A Manifestação da Apostasia

“Contudo quando vier o Filho do Homem, achará porventura fé na terra?”
Lucas 18:08

      
    Essas palavras do Senhor Jesus Cristo, são espantosas. Falam sobre nossa época. O mestre não se referia a fé individual, mas, como a verdade revelada nas escrituras e na sua Divina pessoa seria posta em dúvida e atacada.
    Temos observado que no  início deste século, muitos estão se desviando e apostatando da fé. Há uma diferença entre a apostasia e o desvio. O crente desviado é aquele que sai da comunhão com o Senhor por algum motivo.
    Apóstata é o individuo ou  grupo que professa acreditar no evangelho e que depois renega a fé que disse possuir. Pedro é exemplo do crente desviado; Judas o apóstata, que nunca creu de fato.
    O  crente  desviado  perde  a alegria da salvação, deixa de produzir frutos para o Senhor, mas nunca perde a sua salvação. Pois, a salvação é um dom ou presente gratuito de Deus. Efésios 2: 8 e 9.
O apóstata nunca foi possuidor dessas coisas, e por isso não pode perdê-las.  O apóstata é descrito em 2Timóteo 4:3 e 4  “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças como que sentindo coceira nos ouvidos e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se as fábulas".
Também,  em João 2:19 lemos: “Eles saíram do nosso meio, entretanto não eram dos nossos, porque, se tivessem sido dos nossos teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”
    Vê-se que a apostasia é uma questão doutrinária. Embora, os apóstatas se tenham chamados de crentes ou cristão, a verdade é que nunca o foram; pois os apóstatas, por falta de experiência da regeneração pelo Espírito de Deus, que dá ao homem a capacidade de entender as coisas espirituais, negam as doutrinas fundamentais, concernentes à pessoa e à obra do Senhor Jesus.
    O Senhor Jesus ensinou ou predisse que, por ocasião da sua volta, o corpo de doutrinas que ele ensinou, englobadas nas Sagradas Escrituras, seriam desprezadas. Os apóstolos, também não se descuidaram de admoestar os convertidos sobre esse fato triste, mas verdadeiro.
Uma das mais notáveis características da apostasia é a sua ânsia, a sua diligência em procurar erro na Bíblia e estabelecer os pensamentos humanos como sua base, substituindo a Palavra de Deus pelos  conceitos de homens sem Deus.  É o que diz o apóstolo Paulo: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme  a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não conforme Cristo”. Colossenses 2:8
    Essa tendência sempre existiu. Caim, renegou a vontade que sem dúvida fora revelada a ele e a Abel igualmente. Mas, preferiu seguir um plano todo seu, e por isso Deus o rejeitou.
Os antediluvianos se esqueceram de Deus, e foram destruídos. Os construtores da “Torre de Babel” seguiram o mesmo caminho de desprezo à verdade revelada, e, por rebeldia, tiveram o justo castigo. A torre que começaram a construir ficou conhecida pelo nome “Babel” que significa (confusão/desordem) o que deixa perceber o estado espiritual em que se achavam.
Mas, Jesus quando disse:  “...Quando vier o Filho do Homem, achará porventura fé na terra? Estava se referindo a grande apostasia final, da qual também falam os apóstolos. “Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto (a  volta do Senhor Jesus) não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia”. II Tessalonicenses 2:3
    Os que são guiados pelo Espírito de Deus, os que são treinados na Palavra do Senhor, os que se fortalecem na graça de Cristo, têm por obrigação separar-se de todos os que são fingidos, guiados por satanás, treinados nos enganos humanos e fortalecidos por sua própria loucura.
 
Pr. José Vasconcelos

07 setembro 2012

Cristianismo Desfigurado

“Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça; e as demais coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6:33.

   Houve uma época em que os crentes se caracterizavam por um senso de seriedade quanto aos assuntos eternais. Eles desejavam ansiosamente o céu e procuravam cada vez mais a santificação de vida.

   Eles viviam neste mundo pensando no vindouro. Viviam com os olhos fitos nele. Aprendiam em humildade o verdadeiro ensino da Palavra de Deus, sabendo que o segredo do bem viver estava na Palavra. A pergunta básica da vida “Que devo fazer para ser salvo?” não era olvidada em suas vidas.

    Hoje, muita coisa mudou, e mudou para pior, na vida de muitos que dizem professar o nome de Deus. Os interesses na vida de muitos crentes são outros. Interesses sócio-políticos, culturais, esportivos e financeiros.

   Entendo que o crente não deve ficar fora desse campo de ação. O problema é que estes interesses têm dominado a mente de muitos cristãos. Vivem em função disto, já não se concentram mais nos tesouros do céu.

   O hino “Oh! Pensai nesse lar lá do céu” só está sendo entoado nas cerimônias fúnebres. Em alguns velórios temos a impressão que o canto deste hino está mais direcionado ao corpo inerte no caixão do que aos “mortos-vivos” que o entoam.

   O relacionamento com Deus não está sendo a coisa mais importante hoje. Não se vai à igreja com a mesma alegria e disposição com que se vai ao shopping. Não há nada de mais em o crente ir ao shopping, mas fazer dele um lugar melhor do que a igreja não é uma atitude que agrade a Deus.
Raramente alguém vai ao shopping e volta para casa sem ter tomado um sorvete, feito um lanche, assistido a um filme e, algumas vezes, até um jantar na praça de alimalimentação. Mas quando vai à igreja, qual o valor da oferta que ele deixa lá? Você conhece alguém que foi ao shopping e resolveu ficar conversando do lado de fora porque não estava interessado em entrar? Na igreja isto acontece.

   Qual a preocupação pela igreja? Porventura esqueceram ou não sabem que a igreja é o centro e o ponto mais importante do plano de Deus? A igreja é o lugar aonde é mostrada a sabedoria de Deus, redentora e santificadora. Efésios 3:1-12.

   Lamentavelmente, Deus não está sendo mais honrado na sua igreja por muitos dos que vão a ela. “Confessam (quando confessam) ao Senhor com os lábios, mas o coração está longe dele”.
O comodismo, o amor ao luxo, a quebra dos compromissos de toda espécie têm desfigurado o cristianismo de hoje.

   “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça; e as demais coisas vos serão acrescentadas”.
 
 
Pr. José Vasconcelos

28 agosto 2012

Cuide de Seu Corpo

 
 
"Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e obrares o que é reto diante de seus olhos e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito, porque eu sou o Senhor que te sara”        
                         Êxodo 15:26
 
Deus por   intermédio  de  Moisés, anuncia ao povo de Israel que ele é o Deus da saúde. No versículo que acabamos de ler, está clara a diferença entre o povo de Israel e os Egípcios, isso é um fato significativo, pois a medicina egípcia era, naquela época muito avançada em relação aos demais povos e, em especial aos Hebreus.

Do ponto de vista humano, a medicina egípcia era superior à de Israel. Entretanto, Deus avisava que o povo de Israel teria mais saúde que os egípcios.

Moisés fora educado em toda a ciência dos egípcios (Atos 7:22). Entretanto, ao dar as normas da lei para seu povo, seguiu fielmente o que o próprio   Deus    lhe   houvera dito, estabelecendo naquela época, dentro de um povo que pouco desenvolvera sua medicina, conceitos tão corretos que somente milhares de anos após, a ciência os estabeleceu como verdades inquestionáveis.

Vejamos alguns pormenores interessantes. No livro de Levítico 13:46 lemos “será imundo durante os dias em que a praga estiver nele; é imundo, habitará só: a sua habitação será fora do arraial”.
Está evidenciado nestes versículos o princípio básico do “isolamento” da “quarentena”. Hoje o isolamento é algo óbvio e comum. Há até hospitais específicos para receber os doentes com moléstias infectocontagiosas.

Entretanto, até há poucos séculos, isso não era conhecido. Foi necessário que milhões de pessoas em todo o mundo fossem dizimadas por inúmeras “pestes”, até que esse princípio bíblico fosse seguido.
Assim se deu com a “peste negra” que na idade média matou cerca de ¼ de toda a população da Europa. O quadro começou a reverter-se quando as medidas de isolamento foram implantadas.
O Cap. 19 do livro de Números é um tratado de assepsia e antissepsia. Ensina detalhadamente o uso habitual do lavar as mãos para determinadas situações. Esse procedimento é hoje ato obrigatório em qualquer hospital.

Hoje, a ciência sabe e comprova a transmissibilidade de doenças por mãos contaminadas. Muitas vidas, foram ceifadas pela ignorância.

A mortalidade hospitalar era enorme antes de 1878, quando perceberam e sentiram a necessidade de lavar as mãos antes de cirurgias, partos e muitas outras operações. Moisés, no entanto, recebera do próprio Deus este ensinamento – “Quando pois, o que tem o fluxo, contar-se-ão sete dias para sua purificação e lavará os seus vestidos,e banhará a sua carne em águas vivas, ou seja em águas correntes”

Lemos em Deuteronômio 23: 12,13 – “Também haverá um lugar fora do acampamento para onde irás. De entre as tuas armas terás uma pá e quando te abaixares fora, cavarás com ela e, volvendo-te, cobrirás o que saiu de ti”.

Milhares de pessoas, vítimas de cóleras, disenterias e febre tifoide, poderiam ter sido salvas se esse procedimento, medida de sanitarísmo houvesse sido implantado. O costume de jogar os dejetos nas ruas era comum. A contaminação era generalizada.

Hoje, sabe-se que a água encanada e esgoto são capazes de diminuir a mortalidade infantil três vezes mais eficazmente que os recursos empregados com médicos e hospitais.

Assim, vemos que o Senhor deu diretrizes ao seu povo, também quanto à higiene.

O crente não deve ser uma pessoa imunda por mais pobre que seja, porque pobreza não é sinônimo de sujeira. O crente deve dar um bom testemunho te nas coisas mínimas como por exemplo; não jogar lixo na rua, manter sua casa limpa, manter os cuidados primários que beneficiam muito à saúde.
Repito, Deus deu ordenanças quanto à saúde espiritual, mas também quanto à saúde física.

O problema é que muitos crentes preocupam-se só com a alma, o corpo, esse fica entregue a imundícia. Lembre-se, que o seu corpo é o Templo do Espírito Santo, precisa ser muito bem cuidado. E a Bíblia diz como cuidar dele.

Pr. José Vasconcelos

19 agosto 2012

Uma Mensagem aos Pais



“A palavra branda desvia o furor, mas, a dura suscita a íra”
Provérbios.  15:1


    Resolvi fugir de casa, não havia motivos para isso, mas resolvi. Meus pais me tratavam bem, eu era o menino mais privilegiado da vizinhança. Mas bateu aquela vontade de ir embora, conhecer novos lugares, aventurar-me por esse mundo afora.

    Logo, surgiu a oportunidade de concretizar esse intento.  À margem da estrada que nos conduzia a cidade, morava um casal de velhos. Quando anoitecia os dois sentavam-se na calçada da casa e ali ficavam até que o sono os convidasse a entrar.

    Todas as vezes que eu  passava ali, dava uma paradinha, conversava um pouco com eles, tornou-se um hábito da minha parte. Uma noite disseram-me que fariam uma viagem ao Recife. Iriam visitar uns parentes que moravam lá. Eu também tinha um tio que morava naquela capital, não pensei duas vezes; perguntei-lhes: -Vocês podem me levar junto?

    Claro, meu filho, foi a resposta. Fale com seus pais.

    Mas isto não estava nos meus planos,  jamais  eu  teria  a  permissão deles, precisava fazer isso às escondidas,  quando sentissem a minha falta já estaria longe. Mesmo assim comuniquei o fato a minha mãe, seria injusto deixá-la assim. Ela me deu o silêncio como resposta.

    Na verdade, eu não queria fugir dela, nem mesmo do meu pai.

    É que  alguns primos já haviam feito isso antes e quando voltavam de férias vinham diferentes.

    Roupas bonitas, óculos escuros da armação larga e, cinturão de fivela grande. Iam a feira e lá encostavam-se nos bancos de madeira com os dedos polegares dentro das riatas da  calça, nessa posição paqueravam as mocinhas que encabuladas riam e escondiam o rosto.

    Alguns traziam radiola da marca philips e alguns discos da velha guarda,  era uma festa, a casa ficava cheia. De longe se ouvia os sucessos de Nilton César e Silvinho, “A namorada que sonhei”, “Tu és o maior amor da minha vida”, como eu os invejava! Precisava ir para a cidade grande.

    A viagem seria na madrugada do domingo, disse-me o senhor João Marques e dona Emília. Que eu estivesse em sua casa às três horas da manhã. No sábado que antecedeu este dia, selei meu cavalo e fui à casa de um amigo pedir uma mala emprestada. Ele não só me emprestou como me incentivou nesse intento e, desejou-me boa sorte.

    Comecei a arrumação da mala, separei as roupas que estavam menos desbotadas.  A  única  coisa nova que botei nela foi um par de alpercatas marrom, já fazia algum tempo que meu pai me dera aquele calçado mas, eu tinha pena de estragá-lo  nas  pedras do caminho. Agora iria usá-lo na cidade grande, nas ruas mais lisas do que o piso da minha casa.

    Minha mãe observava tudo sem dar uma palavra. Eu estava muito à vontade, era sábado e todos os sábados meu pai trabalhava numa mercearia, chegando só a noitinha.

    Quando o sol se escondeu no horizonte, prenunciando a  chegada da noite, fui  me esconder numa touceira de aveloz (arbusto leitoso) que ficava atrás de casa. Logo, meu pai iria chegar do trabalho e eu queria evitá-lo. De onde estava podia ver, sem ser visto todos os movimentos dentro de casa pela porta da cozinha que se encontrava aberta. Meu pai chegou. Vi quando minha mãe dirigiu-se a ele e disse-lhe alguma coisa que entendi muito bem o que era. Após ouví-la, dirigiu-se à porta e olhando na direção aonde eu estava me chamou:

 _Velto.

Estremeci; pensei em não responder, mas o seu chamado era irresistível, timidamente respondi:

_Senhor.

A voz de comando se fez ouvir:

_ Venha cá.

Eu sabia o que me esperava, seria mais uma surra daquelas, talvez a maior das que eu já tinha levado.
     Não tremi como das outras vezes que era chamado para apanhar. No íntimo, eu estava desejando ser surrado; o ardor das chicotadas me levaria mais depressa ao meu objetivo.  Ele não sabia que a mala estava escondida no meio do mato, eu tinha pensado em tudo. Dessa vez eu não choraria, seria a última surra, depois era só a liberdade. Ao entrar em casa, chamou-me para o seu quarto, sentou-se na cama e disse para eu também me sentar. A penumbra envolvia o ambiente. A única luz que havia era a de um candeeiro que estava na casa, não lembro de ter visto minha mãe. Teria ela se afastado para não ver o que iria acontecer comigo?

Meu pai falou brandamente:

_ Meu filho, sua mãe me disse que você quer ir embora. Tomei um susto, não com aquelas palavras, mas com a maneira como ele falou.

Não era comum meu pai tratar de um problema com aquela calma. As coisas eram resolvidas no grito e na pancada. Diante daquela serenidade emudeci.  Ele continuou:

_ Meu filho, você é muito jovem, não sabe como é viver numa cidade grande. Eu e sua mãe vamos ficar muito preocupados e tristes com a sua ausência. Tudo tem seu tempo, quando você for de maior pode ir. Pense nisto. Caí no choro, queria abraçá-lo mas tinha vergonha. Entre soluços disse: _ Pai, eu não quero mais ir embora.

Ele passou a mão na minha cabeça e saiu, foi chorar às escondidas. Poucos anos se passaram depois disso, quando chegou o dia de eu ir definitivamente para o Recife, agora com a bênção e a aprovação dos meus pais. Estava indo embora com um propósito grandioso, iria me preparar para ser Pastor. E isto os deixou muito felizes.

Pr. José Vasconcelos

11 agosto 2012

A Carta Que Judas Não Tencionava Escrever

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade...”.  Judas 3.


     Quando escrevemos uma carta temos um propósito em mente. Lembro-me que no passado as cartas eram iniciadas assim: “Escrevo-te esta para dar as minhas notícias e ao mesmo tempo ser sabedor das tuas”.

     Com Judas não foi diferente. Desejou escrever à igreja acerca da salvação comum. Salvação concedida tanto a ele, como judeu, como a eles como gentios. Salvação esta em que todos se interessavam profundamente.

     Mas foi forçado a mudar o propósito da sua carta por causa de uma heresia perigosa que estava se instalando na igreja.

     Ao invés de escrever uma carta pastoral, como era do seu desejo, viu-se obrigado a escrever sobre um assunto que não era agradável. Ele sabia que a fé dos seus destinatários corria grande perigo.

     A corrupção tende a entrar no terreno mais sagrado, na Igreja de Deus. Os crentes fiéis precisam estar sempre de sobreaviso contra precisam estar sempre de sobreaviso contra “homens ímpios que convertem em dissolução a Igreja de Deus”.

     Judas usa uma linguagem vigorosa com relação à irreverência, ignorância, caráter traiçoeiro e egoísmo destes pecadores que estavam se introduzindo na igreja. “Estes rejeitam o domínio e afrontam as dignidades” (Ver. 8). “Estes dizem mal do que não sabem” (Vers. 10). “Estes são manchas em vossas festas” (Vers. 12). “Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte” (Vers. 16). “Estes são os que causam divisões” (Vers. 19).

     A natureza destes pecadores é descrita pela sua semelhança com os três grandes rebeldes mencionados no Pentateuco. “Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré”.

     O caminho do sacrifício sem sangue – Caim. O erro de pensar que Deus é conivente com o homem em vez de senhor dos seus destinos – Balaão. A arrogância de uma fé determinada pelo homem – Coré.

     É lamentável que nestes últimos dias esta parte que se refere à vigilância e ao combate às heresias e inovações que assolam a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo seja negligenciada. A tolerância religiosa predomina nas vidas e nos púlpitos.

     A diligência pela defesa da fé e o zelo estão se apagando a cada dia que passa. A exortação do apóstolo Pedro é propícia aos nossos dias: “Vós também, ponde nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude e à virtude a ciência”. II Pedro 1:5.

     Judas exorta-nos a batalhar pela fé. A fé aqui é um corpo de crenças. Judas não entra em detalhes, mas o designa como “A fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”.

     Algumas coisas precisamos observar aqui. Esta fé não foi dada em certa ocasião, mas sim uma vez por todas. Entregue ao povo de Deus. O ensino e a pregação apostólicos que eram regulamentares para a igreja. O ensino apostólico, e não qualquer moda teológica que atualmente esteja em voga, é a marca do Cristianismo autêntico.

Pr. José Vasconcelos

30 julho 2012

Conformismo

    “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento...” Rm 12:02.

    Houve um período na história que se caracterizou por certas epidemias. No final do século passado e começo do presente século a febre amarela foi um dos grandes males que ameaçavam o Brasil. Sua transmissão e proliferação através do mosquito chegaram a vitimar, de 1850 a 1912, nada menos de 59.000 pessoas só na cidade do Rio de Janeiro.

    O mundo evangélico também tem sido vítima de certas epidemias que dizimam em muito a Igreja do Senhor Jesus Cristo. São as inovações que surgem de repente e logo se alastram impiedosamente, deixando as seqüelas por longos anos.

    Ultimamente, a Igreja do Senhor Jesus Cristo está sendo abalada por uma onda nefasta que, para surpresa nossa, tem mudado o comportamento até daqueles que achávamos nunca dariam ouvidos a tais absurdos.

    A música estridente e sem sentido está sendo aceita. O sacolejar dos irmãos ante essas músicas que provocam o movimento corporal tem se tornado comum até mesmo em algumas senhoras veneráveis que antes mal podiam sentar-se nos bancos queixando-se do reumatismo.

    Requebrados desajeitados de algumas anciãs já não é mais novidade. A igreja escancarou as portas para que todas as inovações mundanas pudessem entrar sem restrições. Qualquer novidade está sendo muito bem acolhida pelo povo, que deveria se caracterizar pela diferença ante um mundo corrupto e não pela semelhança.

    Não há nada que se veja nos shows mundanos que não possa ser visto hoje em muitas igrejas.
    Pastores estão aderindo a esses novos tempos com a desculpa de que estavam perdendo membros por seguirem uma linha tradicional. Para muitos, o que importa é a igreja cheia, não importa os fins para se chegar a isso. Se esquecem que Cristo disse em Mateus 18:20 “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles”.

    É claro que não vamos cruzar os braços contentando-nos com dois ou três, mas sabemos que se o povo se evadir da igreja alegando que o pastor é conservador, radical e intransigente, se ficarem dois ou três reunidos em nome do Senhor Jesus Cristo, Ele, o Senhor, vai estar no meio deles. Nada pode substituir a presença de Cristo na igreja.

    Alguns alegam que estavam perdendo os membros por não haver nenhuma atração na igreja. Igreja não é circo, teatro ou cinema. Nunca li na bíblia que em momento algum os profetas, os apóstolos e o próprio Senhor Jesus Cristo tenham dado margem nos ensinando a que usássemos de artifícios mundanos para atrair pessoas à sua casa de oração. Cristo é suficiente, mas o que vemos hoje nega a suficiência da palavra. Disse o Senhor: “A minha casa será chamada casa de oração” e não casa de show.

    Crentes inovacionistas têm se levantado contra os poucos pastores que ainda são fiéis aos sãos princípios da Palavra e, sem nenhum respeito para com esses ministros, detratam-lhes, tentam expulsá-los da igreja, e alguns têm conseguido, assumindo o lugar que nunca lhes foi dado, nem mesmo permitido pela Palavra.

    Antes, ser um cristão significava ter a cabeça a prêmio, hoje é moda. Os fiéis ao Senhor que não querem e não podem amoldar-se a esse mundo, segundo o ensino do apóstolo Paulo, “são rechaçados, perseguidos, ultrajados, e odiados como se fossem inimigos” Romanos 12:1.

    Hoje, os verdadeiros servos de Deus estão sendo mais respeitados pelos de fora da igreja do que pelos de dentro dela. Disse o apóstolo Paulo escrevendo aos Gálatas: “Fiz-me acaso vosso inimigo dizendo a verdade? Eu bem quisera agora estar presente e mudar a minha voz porque estou perplexo a vosso respeito” Gálatas 4:16-20.

Pr. José Vasconcelos

17 julho 2012

A Falácia da Sabedoria Humana


“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus”.  1Co. 1:18



A sabedoria  humana  rejeita  a  verdade de Deus considerando-a loucura. Aqueles que são sábios, de acordo com este mundo descreveu o evangelho como “irrelevante” “ingênuo” e “tolo”.  É assim que eles veem o evangelho. Fazem as seguintes perguntas: Deus é tão cruel a ponto de punir os pecadores? Por isso a Palavra da cruz é loucura para os que estão perecendo.

Ao falar da “Palavra da Cruz”, Paulo tem em mente a mensagem do evangelho. É preciso lembrar que, antes de ser transformada em peças de joalheria que as pessoas usam como ornamento, a cruz era um vergonhoso instrumento de execução.  Era  o  lugar  onde os criminosos mais vis, eram   torturados e mortos. O que poderia ser mais desprezível do que isso? 

Mas a essência do argumento de Paulo engloba não apenas a parte da mensagem que diz respeito à cruz, mas toda a verdade salvadora de Deus. É o alvo central do desprezo humano, mas a verdade divinamente revelada é considerada “loucura” pelo mundo e está sujeita ao escárnio da sabedoria deste mundo.

Paulo confrontou a sabedoria humana no areópago em Atenas. Ele sabia que enfrentaria o mesmo problema em Corinto, cidade conhecida por sua devoção à filosofia mundana, ao prazer terreno e aos apetites carnais.

Muitos, na igreja, hoje teriam sugerido a Paulo que mudasse a sua tática, sua técnica de abordagem, que adaptasse sua mensagem, amenizasse os pormenores que sabia ofenderiam as pessoas.

Mas Paulo “decidiu nada saber entre eles, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” 1Co. 2:2. Ele não mudaria sua mensagem para satisfazer os coríntios, eles precisavam da mensagem profundamente simples, a mensagem da cruz.

Paulo faz uma série de perguntas que ridicularizam a sabedoria humana; “onde está o sábio? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?”. Em outras palavras o apóstolo está perguntando; onde estão as pessoas que conseguiram refinar o conhecimento humano, ao ponto de reivindicar superioridade em relação a Deus?

A sabedoria humana conseguiu eliminar as guerras, a fome, o crime, a pobreza ou a imoralidade? As pessoas estão em situação melhor por causa desses sábios? Estão mais conformadas e complacentes?  A sabedoria humana nada mudou.

A vida está cheia dos mesmos problemas e dilemas que sempre arrolaram a raça humana.
As opiniões humanas são frequentemente contraditórias, estão sempre mudando; o que era absoluto ontem, tornou-se relativo hoje. Paulo salienta nos vers. 21 a 25 que a sabedoria do  mundo é  espiri-
tualmente ineficaz; não consegue melhorar a natureza humana ou levar as pessoas a aproximarem-se de Deus.

A igreja precisa reconhecer esta verdade. Todos os filósofos, intelectuais, sociólogos, psicólogos, antropólogos, políticos e outras pessoas sábias, juntas, nunca conseguiram trazer o homem para mais perto de Deus.

A humanidade está em pior situação hoje do que jamais esteve, com maiores índices de  suicídio, ameaça de guerra nuclear, confusão, depressão e devassidão. A sabedoria humana de nossa época está tão falida  quanto  todas as filosofias da antiga corinto.

A verdade é que a sabedoria e a filosofia humana tendem a agravar o estado da humanidade, não melhorá-lo. Os problemas contemporâneos tais como guerras, racismo, alcoolismos, crimes, divórcios, drogas e pobreza, todos atestam isso.

Estas coisas estão crescendo universalmente e ninguém encontra a cura e não vai encontrar. Quanto mais o mundo depende da sabedoria humana tanto mais esses problemas se agravarão.
Existe uma solução para esses problemas? Certamente. Paulo disse: “Aprove a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação”.

O instrumento que Deus utiliza para realizar a salvação é literalmente imbecil aos olhos da sabedoria humana. Mas é o meio primordial de Deus para salvar as pessoas; a proclamação do evangelho.
“Pois não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. Testemunhou o apóstolo Paulo.

 Pr. José Vasconcelos

12 julho 2012

O Perigo da Inconstância

    

“ Ó insensatos  Gálatas! Quem vos fascinou a vós,ante cujos olhos foi representado  Jesus Cristos como crucificado?”
Gálatas 3:1
           Os Gálatas eram descendentes dos gauleses, que invadiram a Grécia e a Ásia menor, cerca de três séculos antes da era Cristã.
    
      Tinham  certos  traços característicos:
    
     A inconstância por exemplo, era um desses traços. Nenhum povo abraçou mais depressa e com tão boa vontade o cristianismo do que o da Galácia.Muitos foram os que receberam a mensagem do evangelho pregada pelo Apóstolo Paulo. Receberam-na com fé e entusiasmo. Receberam-na com gratidão e respeito como o fariam com um anjo ou ainda com o próprio Salvador. Eles estavam prontos até a substituir os olhos enfermos do Apóstolo Paulo por seus  olhos sãos, se isso fora possível.

     Outra característica dos gálatas era a superstição. Praticavam os gálatas não crentes o culto de CIBELE  deusa mitológica, filha do céu e da terra, mulher de saturno, mãe dos deuses.
   
  Sendo os gálatas tão volúveis, isto criava uma péssima situação espiritual. O apóstolo Paulo,   então  tenta  salvar  a   igreja dessa volubilidade. Igreja outrora tão promissora, mas que agora estava se afastando da mensagem cristalina, anunciada anteriormente pelo apóstolo Paulo. Ele disse: “fico surpreso, estou admirado, de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou, à graça de Cristo para outro evangelho”

     Os gálatas facilmente haviam mudado de atitude.   Quando receberam o apóstolo Paulo foi com extrema dedicação. Paulo deu esse testemunho a respeito deles,  ”...se possível fora arrancaríeis os vossos olhos e mos daríeis” Gal. 4: 15.  Mas agora a situação é outra e outra  a   atitude.

     Deixam-se arrastar por judaizantes,  falsos mestres, falsos profetas, que pervertem o evangelho de Cristo, mesclando-o  de judaísmo com o que apresentam; um evangelho diferente do de Cristo. E não contentes com isso, minam a autoridade apostólica de Paulo, procuram arruinar sua obra e isolar os crentes da sua companhia:
     Paulo alertou aos gálatas quanto a esses falsos mestres, “eles vos procuram zelosamente, não com bons motivos, mas querem excluir-vos ou (isolar-vos) para que os procureis com empenho”. Gal. 4:17.

     A inconstância na crença, na prática do primeiro amor, na doutrina que temos aprendido das Sagradas Escrituras, jamais encontre guarida em nosso ambiente cristão. A volubilidade é detestável.

     Quantos que a semelhança dos gálatas são  inconstantes. 

      -Inconstantes na frequência aos cultos.  Numa semana estão super  entusiasmados na igreja, na outra ninguém sabe por onde andam.
      -Inconstantes no interesse pela evangelização.
     -Inconstantes na doutrina. Hoje, aparentemente tão firmes, amanhã negando tudo que defendiam hoje.
     A fidelidade dever ser mantida em sua pureza e integridade, sem solução de continuidade, até a morte. “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” disse o Senhor Jesus.  Ap. 2:10

Pr. José Vasconcelos