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06 dezembro 2012

 
 
 
Você é Uma Pessoa de Palavra?
 
 
 
“Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim;  não, não. Porque o que passa disto é de procedên
cia malígna”   Mateus 5: 37

Há uma coisa horrível, mas comum em nossos dias, faltar o homem à Palavra dada.
Parece que era costume dos antigos também, pois já nos tempos de Moisés, necessário foi por entre as leis a seguinte: “Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação não violará a sua palavra: segundo tudo o que saiu de sua boca, fará”.
Por aí vemos que devia haver quem não somente prometia, mas jurava fazer o prometido e não cumpria mesmo quando o compromisso tomado era com Deus. E por isso foi necessária a lei, pois que geralmente, surge uma regulamentação onde se quer reprimir algum abuso.
Primeiro se faltou com a palavra dada, depois  se  julgou  que, hávendo juramento, a palavra dada tornaria sagrada, irrevogável, segura.
E a promessa vinha, pois, seguida de juramento.
Este era feito empenhando-se o nome de alguma pessoa ou alguma coisa considerada sagrada.  Havia os que juravam sobre o nome de Deus, ou pelo céu ou pelo Templo em Jerusalém (que era considerada a morada de Deus entre os judeus) ou pela honra e assim por diante, conforme o gosto da pessoa que fazia o juramento.
Mas isso tornou-se hábito comum. Por qualquer coisa a pessoa dizia: “juro pelo nome do Senhor” ou “juro por Jerusalém” e em seguida se esquecia das palavras de compromisso proferidas e fazia o contrário do que havia dito.
Hoje se nota o mesmo mau hábito. Quando queremos que alguém acredite em nossa palavra dizemos: pode confiar em mim, sou um homem de palavra, Deus me livre de enganar os outros, no entanto o que temos visto? Juramentos sendo quebrados, juramentos que foram feitos em forma de promessas.
O noivo diante do altar promete à noiva que será fiel a ela até a morte. A noiva também faz as mesmas promessas. Essas promessas tem sido cumpridas? Sabemos que num grande número de casos, não.
Pastores, presbíteros, diáconos, quando ordenados, prometem diante do Senhor e da igreja serem fieis no exercício do ofício para qual foram eleitos. O que vemos? Muitos destes quebrando os seus votos.
Crentes que ao serem batizados, prometem publicamente observar as diretrizes da igreja, inclusive a de não deixa-la enquanto ela (a igreja) for fiel as Escrituras; mas o que vemos? Crentes que por quase nada, por coisas mínimas, desgostam-se da sua igreja, vão embora e saem falando mal da entidade que ele deveria amar, cooperar e defender. O que é isso? É índice de decadência moral. Prova de que  o  homem não sabe cumprir
com suas promessas, perdeu a noção de responsabilidade, o preço pela honradez em seus compromissos.
Antigamente a palavra de um homem valia muito, hoje, com uma série de documentos assinados, testemunhas, reconhecimento de firmas e tantas outras coisas mais, nada mais são do que farrapos de papel. E no entanto, foram documentos assinados com empenho da honra, mas quem acredita em tratados?  Em respeito a palavra dada? Em penhores?
A desconfiança permeia a humanidade;  é trágica a situação em nossos dias no que diz respeito a isto.
Não podemos crer na palavra do comerciante, não podemos crer na palavra do político, não podemos crer na palavra do advogado, não podemos crer na palavra de muitos pastores.  Desconfiamos de tudo e de todos, com juramento ou sem juramento, com firma reconhecida ou sem firma.
Precisamos dar um basta nisso. Cristo disse: “Seja o vosso falar sim sim, não não”. Você é um crente no Senhor Jesus? Pois fale a verdade. As mentiras prejudicam a você e a igreja, da qual você é membro.
Você é comerciante, pedreiro, taxista seja lá profissão que exerça, seja honesto. Dê testemunho de crente, você foi chamado para ser luz. Mentira, desonestidade, palavras torpes são obras das trevas, não condiz com o crente.
Há necessidade urgente duma grande reforma moral, do aprofundamento da consciência da responsabilidade perante Deus e os homens.
Você  é  um crente no Senhor Jesus Cristo? Então é para você que Cristo disse: “Seja o vosso falar sim sim, não não”.
A vida do homem deve valer de fiança para a sua palavra.
Aquele que verdadeiramente preza a sua pessoa, o seu renome, a sua honra, não precisa jurar, nem por isso nem por aquilo, porque o que a sua boca disser, aquilo mesmo é o que é.
 
Pr. José Vasconcelos
 
 


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