Páginas

21 dezembro 2009

Estamos realmente adorando ao Senhor?




“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.
João 4:23-24.


Você acorda de manhã. Ainda sonolento percebe que é domingo. Dia do Senhor. Dia para ir à igreja.
A adoração coletiva começa às 8:30h em algumas igrejas. Noutras, às 9:00h, às 9:30h, mas você não sente nenhuma disposição alegre para levantar-se, cuidar das coisas necessárias e caminhar para o lugar de adoração. Afinal de contas, isto se tornou uma rotina dominical vazia, sem significado.
A Palavra de Deus é alimento. Cristo disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Mas, à semelhança dos israelitas no deserto, dizemos: “A nossa alma tem fastio deste pão”. Números 21:5.
Vamos à igreja prestar um culto ao Senhor. Mas, qual será o culto e a adoração que Deus deseja? O que significa cultuar? Jesus disse que: “Deus procura verdadeiros adoradores que adoram o Pai”. Quem são os verdadeiros adoradores?
Paulo afirmou que a verdadeira adoração é aquela que se oferece a Deus pelo espírito, não confiando na carne, mas gloriando-se em Cristo Jesus. Fil 3:3.
Certa vez Jesus citou Isaías 29:13 aos fariseus que acusavam os seus discípulos de não cumprirem a tradição dos anciãos. “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração se afasta de mim”.
Adorar a Deus requer certas atitudes daquele que se aproxima do Senhor para adorá-lo.
A primeira coisa que se requer do adorador é que ele se guarde de uma vida pecaminosa, indiferente aos seus mandamentos. Porque a sua adoração será sem sentido.
Geralmente, dividimos as nossas vidas em dois compartimentos. Um envolvendo nossas atitudes religiosas, outro nossas atitudes não religiosas.
No domingo assumimos um comportamento cristão, mas durante a semana o nosso comportamento não é o mesmo. No domingo passamos alguns minutos ouvindo a Palavra de Deus, mas durante a semana, passamos horas diante da televisão vendo e ouvindo toda sorte de impiedade. Disto não nos cansamos, não nos enfastiamos, mas da presença do Senhor e da sua Palavra sim.
Como está o nosso comportamento cristão durante a semana? Quantos de nós tem se preparado no sábado para a adoração ao Senhor no domingo com os nossos irmãos? O Senhor descreveu o pecado de Israel na sua falsa adoração quando disse: “Não tragais mais ofertas em vão, o incenso é para mim abominação... Não posso suportar iniqüidade, nem mesmo o ajuntamento solene. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos: cessai de fazer o mal; aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto”. Isaías 1:13,16,17.
Nos comparamos a outros irmãos e achamos que a nossa saúde espiritual está em ótimo estado. À semelhança do fariseu desfiamos um rosário de citações de boas obras diante do Senhor e ainda menosprezamos os fracos na fé. O apóstolo João endereçou a sua terceira epístola a um presbítero chamado Gaio. Interessante é o testemunho que ele dá sobre este presbítero. “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai à tua alma”. III João 1:2.
Como está o estado da nossa alma? A adoração em espírito e em verdade exige o temor de Deus.
A segunda coisa que se requer do adorador é reverência, respeito na presença da santidade divina. Quando o povo de Deus se reúne para adorá-lo, Deus faz-se presente. “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí Eu estarei”, disse Jesus. A Trindade Santa está presente no culto. Isto deveria nos colocar numa atitude de temor e tremor diante de Deus. Mas, não é isto que vemos na maioria dos cultos prestados ao Senhor. Irreverência, desrespeito, anarquia, têm sido comuns nestas reuniões.
A idéia que muitos de nós temos de Deus é a idéia de que Ele é um expectador do nosso culto, que acompanha nossas atividades. Mas a verdade é bem outra. Deus é perfeito em santidade (Mateus 5:48), criador e juiz do universo (Tiago 4:12).
Se a nossa adoração não incentiva os que estão à nossa volta a reconhecerem a soberania, a dignidade de Deus e do Senhor Jesus Cristo, ela falha em princípio. O apóstolo João, em sua visão apocalíptica, viu milhões de milhões e milhares de milhares que com grande voz diziam: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças”. Apocalipse 5:12. Precisamos entender, irmãos, que Deus é real e pessoal. Ele almeja que o adoremos.
Os teólogos de Westminster, que compuseram a famosa confissão e catecismo no século XVII, criam que o principal alvo do homem era glorificar a Deus e alegrar-se nele eternamente.
Meu irmão: comunhão com Deus é ou não é o nosso alvo? Quem oferece a maior atração na nossa vida? Deus ou os nossos interesses? Quais as nossas prioridades?
Estamos realmente adorando ao Senhor? O que significa adorar? Alguém definiu assim: “Adorar é o transbordar de um coração grato, impulsionado pelo sentimento do favor divino”.
O salmista disse: “A minha alma disse ao Senhor: Tu és o meu Senhor. Não tenho outro bem além de Ti”.




Pr. José Vasconcelos da Silva Filho


Nenhum comentário: