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21 janeiro 2013

O amor na pespectiva de Cristo





  Lucas 7:11-17

  
A cada dia que passa  a  humanidade   encontra-se   mais  necessitada  da  demonstração do amor. Verifica-se, de um modo geral, o aumento da miséria, da violência, da corrupção, da luxúria, do vandalismo, do desemprego, do desespero etc.

Esses problemas que afligem a humanidade podem ser observados, claramente, aqui no Brasil, pois o nosso país continua   passando  por   momentos  difíceis,  principalmente na área econômica e financeira, que tem gerado uma série de injustiças.

A igreja não pode ficar indiferente a essa triste realidade. É preciso entender que, tanto a evangelização, quanto a ação social, devem caminhar   lado  a  lado,   pois,ambas se constituem em autênticas expressões do amor a Deus e ao próximo.

Se a evangelização e a responsabilidade social são irmãs gêmeas, elas são filhas do amor, pois a evangelização consiste em dizer palavras de amor, e o serviço/ação social significa praticar atos de amor, e ambos deveriam ser o transbordamento natural de uma comunidade de amor.

Depois de curar o servo de um centurião, no dia seguinte Jesus realiza outro milagre notável:
“a ressurreição do filho da viúva de Naim”.

Não é por acaso que Jesus se dirigia àquela cidade e, como era de costume, os seus discípulos e expressiva quantidade de pessoas o acompanhavam.

“O Senhor se compadeceu”. O motivo para ressuscitar o filho único da viúva não foi outro, senão o próprio amor compassivo de Jesus. Ela e o filho receberam a bênção de que careciam.
É fato bastante singular que, de todas as emoções que Jesus experimentou quando esteve neste mundo, nenhuma é mencionada com tanta freqüência como a compaixão.    A Bíblia diz que ele “andou fazendo o bem” (At. 10.38). Mais exemplos de compaixão podem ser encontrados em Mt. 9.36, 15.32, Mc 1.40, 41 e 8.2,3.

Essa atitude de Jesus comprova sensibilidade e comoção diante das reais necessidades humanas. Portanto, Jesus andava por toda parte, proclamando o evangelho e fazendo o bem. Isso quer dizer que, tanto a evangelização quanto a ação social, são expressões da compaixão. Cristo é o modelo perfeito de amor ao próximo, levando a este não só o auxílio material, mas também espiritual.
A igreja, hoje, precisa seguir o modelo de Jesus que socorria os necessitados e, ao mesmo tempo, anunciava as Boas Novas da salvação.

Muitos cristãos estão dispostos a cumprir a ordem de evangelizar, mas não ouvem o chamado a ocupar-se dos  pobres, dos enfermos, dos famintos, dos desesperados etc.  É verdade que existem aqueles que se preocupam mais com a ação social do que com a evangelização.

 A igreja é, ou precisa ser, uma comunidade de amor fraternal e de proclamação do evangelho. Assim, como Jesus desenvolveu um ministério de evangelização e, simultaneamente, de solidariedade diante das carências da  população,  a  igreja carece  de descobrir a importância do amor na prática do evangelismo.

Isso porque ser  igreja de Cristo pressupõe o desempenho de uma missão que atinja o ser humano integralmente. Quando ela consegue desempenhar o seu papel de real compaixão para com o próximo, automaticamente alcançará, com mais êxito, aqueles que se encontram longe de Cristo.
Em João 13. 34,35, aprende-se que, é quando se  ama uns aos outros, como Cristo ama  a  igreja, que  todos saberão  quem são os seus discípulos.

A importância do amor na evangelização não significa uma barganha ou troca, ou mesmo uma tentativa de atrair pessoas para Cristo, porém apenas a prática da compaixão. Não se deve forçar ou exigir das pessoas que são beneficiadas pelos projetos de ação social da igreja, a filiação a ela, pois aderir a uma comunidade evangélica é decisão pessoal, espontânea e no tempo de Deus. 
Concluindo, é importante afirmar que a compaixão e a evangelização são expressões de uma mesma missão, tendo Jesus como modelo fundamental desse ensino das Escrituras.

A igreja, inserida numa sociedade voltada para os seus próprios interesses, é desafiada a pôr em prática a compaixão como algo importante na evangelização, expressando amor ao próximo, sem nenhum obstáculo, ou seja, tentando alcançar todas as pessoas.
               

Texto  -   “Estudos Bíblicos – Didaquê”
 
Pr. José Vasconcelos

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