“Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim.”
Judas 11.
Caim e Abel foram levar uma oferta ao Senhor. O contexto da tragédia foi culto, a vítima, um irmão.
Caim não negou a existência de Deus nem se recusou a adorá-lo. Reconheceu-o como doador de todas as coisas e levou-lhe uma oferta do fruto da terra. Porém, ele não foi além disso.
Caim representa o tipo de muitas pessoas dos tempos atuais. Cantam, ouvem a Palavra, reconhecem os atributos de Deus, mas não reconhecem a própria condição indigna e pecaminosa que possuem.
Quando Caim premeditou matar seu irmão, Deus desejou trazê-lo de volta para a posição correta mostrando-lhe sua condição maligna.
Caim foi advertido por Deus. Um terrível ato pecaminoso estava perigosamente próximo. “Se bem fizeres não haverá aceitação para ti?” (Tua oferta também poderá ser aceita, a oferta está à porta. É só te arrependeres deste teu intento).
“Se não fizeres bem, o pecado jaz à porta” (ansioso para estar em você) “E para ti será o seu desejo” (o seu desejo é por você, mas você tem que dominá-lo).
Foi isto que o Senhor disse a Caim (Gênesis 4: 7). Mas Caim não aceitou ser dissuadido por Deus. Havia premeditado matar seu irmão e o matou.
Aqui temos outro aspecto em que muitas vezes somos imitadores de Caim. Não aceitamos ser dissuadidos do nosso pecado. A Palavra de Deus nos desnuda diante de seus olhos. Ela nos mostra quem realmente somos. Entre o aceitar ou desafiar a censura de Deus, optamos pelo desafio.
Mas ainda há outras coisas que nos fazem semelhantes a este homicida. Vejamos:
Queremos ofertar ao Senhor as nossas sobras e, além disso, sem fé. Entristecemo-nos diante da prosperidade de um irmão. Foi assim com Esaú, foi assim com Caim.
Endurecimento. “Onde está o teu irmão?” “Não sei”. Insolência. “Sou eu porventura guardador do meu irmão?” Gênesis 4: 9
Como vai a tua igreja? Não sei. Sou eu dirigente dela? Sou eu responsável pelas sociedades internas da igreja? Sou eu responsável pelos louvores?
Caim não julgava como do seu dever cuidar do seu irmão, mas não hesitou em julgar-se com o direito de matá-lo.
Não julgamos como de nosso dever aconselhar um irmão, mas julgamos com o direito de criticá-lo.
Não julgamos como de nosso dever manter a integridade e a defesa da nossa igreja, mas julgamos com o direito de censurá-la diante dos estranhos.
Não julgamos como de nosso dever achar solução para os problemas da igreja, mas julgamos com o direito de aumentá-los ou dificultar a solução pelos que cuidam do caso.
Em qual desses aspectos estou imitando a Caim? Judas, ao escrever sua epístola, faz referência aos que dizem mal do que não sabem que se corrompem como animais irracionais, dizendo: “Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim”.
Que este não seja o nosso caminho. O caminho do endurecimento, da insolência, da falsidade, da crítica destrutiva, da amargura, da falta de amor.
Pr. José Vasconcelos da Silva Filho
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