Somente a Fé (Parte 1)
“Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”.
Hebreus 11:1
Dentre
os outros pilares da reforma protestante, a fé ocupou um
lugar de muita importância; um dos seus grandes lemas foi “Sola Fide – Somente
pela Fé”.
Embora
a reforma tenha começado oficialmente no dia 31 de outubro de 1517, quando
Martinho Lutero afixou suas 95 teses nas portas da Igreja do Castelo em
Wittenberg, e somente, em 1519 que ele chegou a um entendimento maduro deste
artigo tão importante das escrituras, tão revolucionário para a teologia
cristã.
Lendo Romanos 1:17 “O justo viverá da fé” ele concluiu
que a justiça
com a qual o pecador é justificado, é imputada nele pela obra de Cristo. A
justiça de Cristo nos é imputada, somos declarados justos não pelos nossos
méritos, não pelo que fazemos, mas pela graça de Deus em nos dar o que não
merecemos. Deus aceita o sacrifício perfeito de Cristo na cruz e a justiça de
Cristo nos é imputada pela fé somente.
I
– Definindo o termo, o que é fé? O uso do termo fé tem gerado significados
diferentes, em parte pelas definições arbitrárias que filósofos e teólo gos
lhe tem dado - e, em parte pela grande
diversidade de aspectos sob a qual é apresentada a Palavra de Deus.
Dentre
tantos significados, queremos considerar “A fé como uma graça cristã, o fruto
do Espírito, ou seja, aqueles exercícios da fé que são peculiares ao
povo regenerado de Deus. Isso é o que se entende por fé salvífica”.
A
cerca da fé salvadora, a nossa confissão de fé, nos diz: “A graça da fé, por
meio da qual os eleitos são habilitados a crer que o Espírito de Cristo faz nos
corações deles, e é ordinariamente operada pelo ministério da Palavra, por esse
ministério, bem como pela administração dos sacramentos e pela oração ela é
aumentada e fortalecida”.
II
– A Importância e natureza da fé.
Todo
o leitor das Sagradas Escrituras tem observado quanto elas dizem acerca da fé.
Ela tem um lugar saliente entre as outras graças do Espírito.
Elas
ensinam que somos unidos a Cristo pela fé, que somos justificados pela fé, que
vivemos pela fé, que andamos pela fé, que vencemos o mundo pela fé, que somos
santificados pela fé, e que, “sem fé é impossível agradar a Deus”.
Por
que é que as Escrituras se ocupam tanto com esta graça, por que é que lhe dão um
lugar tão saliente no plano da salvação e lhe atribuem tanta importância e tão
grande poder?
Uma das razões acha-se no fato de que há tantas coisas
que não se pode compreender, que não se pode receber a não ser pela fé. Requer-se
de nós que creiamos nas verdades das escrituras, algumas estão acima da nossa
compreensão, das nossas fracas forças mentais.
Temos
de crer o que as escrituras dizem acerca de Deus, acerca da sua infinita
excelência e glória, acerca das bênçãos que Ele tem nos conferido no passado e
ainda, maiores bênçãos que Ele nos oferece para o futuro.
Temos
de crer o que as escrituras dizem a respeito dos nossos pecados, quantos são,
quão grande são, quão ofensivos são a Deus, quão detestáveis são em si e,
destrutivos à alma.
Crendo
tudo isto começamos a sentir que os cometemos, que precisamos abandoná-los e a
buscar a santidade sem a qual ninguém verá a Deus.
Como
sermos devotos e zelosos pela causa do Senhor se não crermos no que as
Escrituras dizem acerca da sua importância, dos seus propósitos?
A fé é assim, a fonte, a
força que nos leva a entender, que nos leva a exercitá-la, que nos leva a
vitória.
Pr José Vasconcelos
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