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11 novembro 2017






Somente a Fé (Parte 1)


Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”.

 Hebreus 11:1


Dentre  os  outros pilares da reforma protestante, a fé ocupou um lugar de muita importância; um dos seus grandes lemas foi “Sola Fide – Somente pela Fé”.
Embora a reforma tenha começado oficialmente no dia 31 de outubro de 1517, quando Martinho Lutero afixou suas 95 teses nas portas da Igreja do Castelo em Wittenberg, e somente, em 1519 que ele chegou a um entendimento maduro deste artigo tão importante das escrituras, tão revolucionário para a teologia cristã.
Lendo Romanos 1:17 “O justo viverá da fé” ele concluiu que a justiça com a qual o pecador é justificado, é imputada nele pela obra de Cristo. A justiça de Cristo nos é imputada, somos declarados justos não pelos nossos méritos, não pelo que fazemos, mas pela graça de Deus em nos dar o que não merecemos. Deus aceita o sacrifício perfeito de Cristo na cruz e a justiça de Cristo nos é imputada pela fé somente.
I – Definindo o termo,  o que é fé?  O uso do termo fé tem gerado significados diferentes, em parte pelas definições arbitrárias que filósofos e teólogos lhe tem dado -  e, em parte pela grande diversidade de aspectos sob a qual é apresentada a Palavra de Deus.
Dentre tantos significados, queremos considerar “A fé como uma graça cristã, o fruto do Espírito, ou seja, aqueles exercícios da fé que são peculiares ao povo regenerado de Deus. Isso é o que se entende por fé salvífica”.
A cerca da fé salvadora, a nossa confissão de fé, nos diz: “A graça da fé, por meio da qual os eleitos são habilitados a crer que o Espírito de Cristo faz nos corações deles, e é ordinariamente operada pelo ministério da Palavra, por esse ministério, bem como pela administração dos sacramentos e pela oração ela é aumentada e fortalecida”.
II – A Importância e natureza da fé.
Todo o leitor das Sagradas Escrituras tem observado quanto elas dizem acerca da fé. Ela tem um lugar saliente entre as outras graças do Espírito.
Elas ensinam que somos unidos a Cristo pela fé, que somos justificados pela fé, que vivemos pela fé, que andamos pela fé, que vencemos o mundo pela fé, que somos santificados pela fé, e que, “sem fé é impossível agradar a Deus”.

Por que é que as Escrituras se ocupam tanto com esta graça, por que é que lhe dão um lugar tão saliente no plano da salvação e lhe atribuem tanta importância e tão grande poder?
Uma das razões acha-se no fato de que há tantas coisas que não se pode compreender, que não se pode receber a não ser pela fé.Requer-se de nós que creiamos nas verdades das escrituras, algumas estão acima da nossa compreensão, das nossas fracas forças mentais.
Temos de crer o que as escrituras dizem acerca de Deus, acerca da sua infinita excelência e glória, acerca das bênçãos que Ele tem nos conferido no passado e ainda, maiores bênçãos que Ele nos oferece para o futuro.

Temos de crer o que as escrituras dizem a respeito dos nossos pecados, quantos são, quão grande são, quão ofensivos são a Deus, quão detestáveis são em si e, destrutivos à alma.

Crendo tudo isto começamos a sentir que os cometemos, que precisamos abandoná-los e a buscar a santidade sem a qual ninguém verá a Deus.
Como sermos devotos e zelosos pela causa do Senhor se não crermos no que as Escrituras dizem acerca da sua importância, dos seus propósitos?
A fé é assim, a fonte, a força que nos leva a entender, que nos leva a exercitá-la, que nos leva a vitória.

Pr José Vasconcelos







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