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09 novembro 2009

História da IPF do Brasil, seu seminário e do Fundamentalismo no mundo.



 
A história da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil esta ligada a história do Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil, portando disponibilizaremos ao irmãos e amigos todas as informações concernentes a estas instituições e tambem a história do movimento fundamentalista no mundo.


História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. [Wikipédia]




"E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada."  (Tiago 1 : 5)


O Seminário surgiu como resultado da crise espiritual que determinou o aparecimento da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil.
Funcionou inicialmente na Avenida Caxangá nº 2441 sendo aprovados os seus estatutos no dia 12 de janeiro de 1957. No dia 12 de dezembro de 1968 teve o seu nome mudado para Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil.
E vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara. (Mt 9. 36-38)
Quase dois mil anos já se passaram e a realidade observada, com pesar, pelo Senhor Jesus, e registrada pelo evangelista Mateus na citação acima, permanece a mesma.




O Seminário Presbiteriano Fundamentalista do Brasil vem, a 50 anos, dando sua parcela de contribuição a fim de minimizar esta realidade e formar, para honra e glória de Deus, ceifeiros bem preparados para trabalhar na seara divina como pastores, presbíteros, evangelistas, educadores cristãos ou apenas crentes que conhecem e manejam bem a Palavra da Verdade. (2Tm 2.15)


Se você se sente vocacionado para o ministério pastoral, a vocação por excelência, se deseja se preparar para melhor servir a sua Escola dominical, estar melhor preparado para evangelizar ou quer somente se aprofundar na revelação especial de Deus, seu lugar é aqui conosco no SPFB.
Ore ao Senhor, converse com o seu pastor e venha estudar no SPFB onde a Escritura tem a primazia como fonte do conhecimento verdadeiro e onde você poderá desenvolver seu conhecimento verdadeiro e bíblico-teológico sob a herança preciosa do cristianismo reformado.




Igreja Presbiteriana Fundamentalista
A causa da origem da I.P.F. do Brasil foi a expulsão do Rev. Dr. Israel Furtado Gueiros do S.P.N. pelas declarações que ele fez contra o Seminário, naquela época.
1 - que o Seminário é controlado pelas missões
2 - que a liderança da instituição é definitivamente em favor do C.M.I (Concílio Mundial de Igrejas)
3 - que os missionários não levantaram objeções ao incidente do professor que alegou haver erros
na Bíblia
4 - foi necessário uma ação unânime do Sínodo para a remoção do referido professor. O Sínodo se
reuniu no dia 13/07/1955


Em agosto de 1959 estes grupos comemoraram o Centenário do Presbiterianismo no Brasil. Todos eles declararam aceitar o sistema doutrinário contido na Confissão de Fé de Westminster.
Quais destes grupos representam em realidade o presbiterianismo histórico em doutrina e prática? Para se responder a esta pergunta importa que examine cuidadosamente a posição doutrinária e prática de cada um destes grupos à luz dos padrões doutrinários e históricos da Igreja Presbiteriana.


II - Origem do Fundamentalismo


a) No decorrer dos anos temos nos acostumados ao uso do termo “Reformado” quanto a vários aspectos da vida da Igreja. Há batistas reformados, presbiterianos reformados , evangélicos reformados.
b) A palavra fundamentalista é um termo conveniente e, qualquer contexto pois implica um sentido definido e reconhecido. Ex. os fundamentos da química, da física, da biologia, etc.
c) O termo não é novo no mundo teológico
- segundo o Dr. Van Glider foi usado no séc XVII, na Inglaterra, entre dois líderes cristãos, como base de concordância.
- em 1653 foi usado pelo Parlamento Inglês quando foi votado dar indulgência para todos os fiéis que professaram os fundamentos da fé.
- o grande arcebispo Usher foi apontado pelo Parlamento para decidir o que havia de fundamental na fé que eles professavam.
- no início do séc XX quando racionalismo na Alemanha e o Unitarianismo da Inglaterra tinham conseguido dominar as principais denominações dos EUA, as doutrinas fundamentais foram reafirmadas em termos da própria controvérsia daquele tempo. Esse movimento de reação contras as doutrinas liberais publicou uma série de livros chamados “Os Fundamentais” e uma série de artigos. Naquele tempo fundaram-se grandes acampamentos, conferências e associações fundamentalistas.
d) As raízes do fundamentalismo foram os protestos contra os modernistas do séc XIX
- aqueles que receberam este nome foram aqueles que se apegavam aos ponto fundamentais da fé cristã, descritos como três “R”: ruína - redenção - regeneração. Preocupação dupla: crer e viver. Um céu a ser ganho e um inferno a ser evitado.
- o antigo fundamentalismo não só se preocupava com aquilo que o indivíduo professava acreditar e sim como ele realmente vivia. Não procurava explicar a Bíblia com pedido de desculpas. Pregava sobre um céu a ser ganho e um inferno a ser evitado.


III - O que é fundamentalismo


“Um movimento do protestantismo do séc XX que enfatiza os pontos fundamentais da inerrância das Escrituras, da segunda vinda de Cristo, dom nascimento virginal, da ressurreição física e da expiação vicária.” - Dic. Webster


1 - O fundamentalismo acata tudo quanto a Bíblia assevera a respeito de Cristo e tudo quanto Jesus
disse a respeito da Bíblia
2 - O fundamentalismo defende o quadro sobrenatural das Escrituras Sagradas desde o princípio até
o fim (criação, inspiração, milagres, profecias, divindade, morte, ressurreição, retorno de Cristo)
ao passo que o modernismo teológico defende o quadro natural (anti-sobrenatural) das Escrituras
Sagradas e da revelação cristã. O fundamentalismo é uma tomada de posição teológica em favor
dos grandes princípios (fundamentos ) da fé cristã
3 - O fundamentalismo nunca foi e nunca será limitado à afirmação de algumas denominações
particulares. Os fundamentalistas estão em todas as denominações evangélicas. Eles tem sido
bons presbiterianos, bons batistas, bons congregacionais. Apesar de divergirmos, entre nós, em
quanto a certas interpretações secundárias das Escrituras, estamos unidos na comunhão e no
propósito em defesa da fé e da pregação do evangelho.


IV - Quem são os anti-fundamentalistas?


1 - Uma Bíblia infalível X Uma Bíblia falível
- no início do séc XX as igrejas protestantes históricas apegavam-se a inspiração completa e a autoridade absoluta da Bíblia, com raríssimas exceções
- certas idéias anti-bíblicas, baseadas na filosofia racionalista começavam a penetrar nas igrejas da Inglaterra e dos E.U.A. tendo originado na Alemanha. Charles Brigs da cadeira de teologia bíblica do Seminário Teológico União em Nova Yorque afirmou, no referido Seminário, em 1891 que haviam três fontes de autoridade divina: a Igreja, a razão e a Bíblia. Deu-se uma batalha entre aqueles que criam ser a Bíblia a única fonte infalível de verdade divina e aqueles que não reputavam a Bíblia como tal.


2 - Só há um método de combater a incredulidade: aberta, honesta e frontalmente


a) Os que se opunham a completa infalibilidade das Escrituras faziam-no a base de certas pressuposições filosóficas que são os primeiros frutos da especulação anti-bílbica
b) Os primeiros fundamentalistas declararam guerra aberta contra estas idéias de incredulidade. Eles compreendiam três coisas:
- compreendiam que a incredulidade disfarçada com máscara religiosa em nada é sincera
- compreendiam que os homens que juram fidelidade às doutrinas históricas da Igreja para depois usarem suas posições para destruírem as mesmas doutrinas históricas não são homens honestos
- compreendiam que a Igreja não é o lugar certo para permitir que os homens continuem a corromper e destruir as doutrinas e a vida da Igreja
c) Os fundamentalistas procuraram informar o povo na esperança de trazer a Igreja à fidelidade da Bíblia. No início da batalha a questão em foco era clara. Era entre uma Bíblia infalível e um mero livro humano.
d) Os membros da Igreja entenderam que os modernistas eram os recém chegados, os inovadores, e que os fundamentalistas se encontravam do lado da posição histórica da Igreja. Por esta razão os fundamentalistas foram capazes de manter suas posições de 1800 a 1920.
e) A outra tática modernista (desprezo e calúnia)
Acusaram os fundamentalistas de falta de amor, de cultura, de compreensão teológica. Identificaram cuidadosamente sua própria posição com um exame sincero, com o amor, com as últimas descobertas científicas. As massas começaram a acreditar que a nova teologia não era tão má assim e que a antiga teologia era por demais rígida e inflexível e assim foram levados a uma posição de neutralidade para com a questão debatida.


V - A diferença entre o fundamentalismo e o modernismo


1 - Fund. - A Bíblia é a Palavra de Deus
Mod. - Não é a Palavra de Deus


2 - Fund. - Jesus é o Filho de Deus em um sentido em que nenhum outro o é
Mod. - Jesus é apenas um filho de Deus no sentido em que podem ser considerados todos os
homens


3 - Fund. - Nascimento de Cristo sobrenatural
Mod. - Nascimento de Cristo natural


4 - Fund. - A morte de Cristo foi expiatória
Mod - Não foi expiatória, apenas um exemplo




5 - Fund. - O homem é produto da criação especial divina
Mod - O homem é produto da evolução


6 - Fund. - O homem é um pecador que decaiu da retidão original
Mod - O homem é uma vítima infeliz do meio ambiente que mediante uma cultura apropriada
pode tornar-se bom


7 - Fund. - O homem é justificado pela fé na expiação pelo sangue de Cristo (regeneração
sobrenatural)
Mod - O homem é justificado por suas próprias obras ao seguir o exemplo deixado por Cristo
(desenvolvimento natural)


VI - Fundamentalista - verdadeiro conservador


Até alguns anos atrás, o termo “conservador” designava a posição de uma pessoa que acreditava nas doutrinas essenciais da fé cristã, tais como são reveladas nas Escrituras, entre elas, a plenária inspiração da Bíblia, a divindade de Cristo, e queda do homem, a morte vicária de Cristo e a salvação mediante o sangue por ele derramado, a ressurreição de Cristo, a sua segunda vinda, o novo nascimento e outras verdades similares.
Aqueles que no passado se chamavam, a si mesmo, “conservadores” rejeitavam comumente toda a crítica destruidora da Bíblia, inclusive a teoria documentária e a aplicação de datas posteriores a muitos livros do Velho Testamento. Os verdadeiros conservadores aceitavam a idéia implícita de que Moisés escreveu o Pentateuco, Isaías escreveu o livro de Isaías, de que Daniel escreveu o livro de Daniel e assim por diante, e que as Escrituras são isentas absolutamente de erros em seus escritos originais.
Nos anos recentes o termo “conservador” tem sido aplicado a homens e livros que não são verdadeiramente conservadores em toda a extensão da palavra.
Um fundamentalista é aquele que crê nos “fundamentos” (doutrinas fundamentais) da fé cristã, tais como são estabelecidas nas Escrituras. No decorrer dos anos a Igreja tem-se apegado a estes grandes fundamentos (a estas grandes doutrinas fundamentais). Os fundamentalistas rejeitaram sempre, decididamente, a crítica destruidora da Bíblia.
De modo essencial, portanto, os fundamentalistas abraçam e defendem as mesmas verdades que costumam abraçar e defender os “conservadores”. Alguns, que são ortodoxos, tem hesitado em usar o termo “fundamentalista” para designar a sua própria posição, por terem conhecido alguns fundamentalistas que, dizem eles, foram belicosos. Beligerância, contudo, é uma atitude não limitada, de modo particular, a determinados indivíduos ou a determinados grupos de indivíduos. Ele é encontrada entre radicais, liberais, conservadores. De fato, quase podemos afirmar que em qualquer setor de atividade do pensamento humano que se possa imaginar, existem beligerantes. Se o termo “fundamentalista” realmente indica uma pessoa que aceita as verdades fundamentais das Escrituras, não há razão para que aqueles que assim crêem recusem este nome.


VII - Por que sou fundamentalista?


Porque o termo evangélico não satisfaz a necessidade de hoje. O termo evangélico não distingue bem entre os verdadeiros e ortodoxos crentes e os falsos.
Por muito tempo o termo “evangélico” foi um termo definido. Hoje temos os chamados neo-evangélicos.
os neo-evangélicos professam o termo “evangélicos”porque é menos ofensivo e oferece maior flexibilidade na sua teologia. Mantém uma coexistência pacífica teológica.

5 comentários:

Alex Fajardo disse...
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Jaime Dias disse...

Apesar de pertencer a IPB desde criança, não vejo nenhuma diferença entre o que é ensinado na IPB e na IPFB. Reconheço que há entre os membros da IPB (alguns líderes) modernistas, mas infelizmente isso acontece em outras denominações. Exerço o presbiterato desde 1976 e a pregação que ouço é a mesma pregada pela IPFB. Que Deus abençoe a todos e que seu Nome seja honrado e glorificado.

Jaime Barbosa Dias

Jaime Dias disse...

Apesar de pertencer a IPB desde criança, não vejo nenhuma diferença entre o que é ensinado na IPB e na IPFB. Reconheço que há entre os membros da IPB (alguns líderes) modernistas, mas infelizmente isso acontece em outras denominações. Exerço o presbiterato desde 1976 e a pregação que ouço é a mesma pregada pela IPFB. Que Deus abençoe a todos e que seu Nome seja honrado e glorificado.

Jaime Barbosa Dias

Álife campos disse...

IPFB mantém os custumes tradicionais e primitivos da primeira igreja do senhor já atualmente ouve o desmembramento da IPB pois essa igreja começou a se adequar ao mundo aceitando até maçons dentro da igreja em vez das pessoas se adequarem a Deus a igreja IPB esta se adequando ao mundo perdendo sua verdadeira indentidade e a questão não é simplesmente a pregação mas tbm a forma que é empregada e se esta sendo pregada na versão com tradução mais próxima do original muitas igrejas só estão de fachada e se unido com outras religiões além de estar se tornando muito liberal e indo contra os principios de Deus
by Álife boernerges

Unknown disse...

Entendo que no momento de separação realmente poderiam existir movimentos de tendência liberal na Igreja Presbiteriana do Brasil. Todavia, depois de tantos anos, a IPB continua sendo contra o ecumenismo, contra ordenação feminina, proibiu a presença de maçons em 2006 e a cada década mostrou a vitória dos movimentos conservadores dentro da denominação.
Desde a separação com a Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil(IPFB) a IPB teve diversos dissidentes, como a Igreja Presbiteriana Renovada (que é pentecostal), Igreja Presbiteriana Unida (que é liberal), entre outros, pelo que tais grupos já não fazem parte da IPB, pelo que esta é até chamada de fundamentalista pelos grupos dissidentes.
Creio que já seja o momento de reaproximação, de nos perdoarmos mutuamente e de uma reunificação da duas denominações. A IPFB poderia se tornar um dos sínodos da IPB, por exemplo, e teria muito a ganhar com isso, já que poderia receber ajuda da Junta de Missões Nacionais (JMN), Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT)e seu seminário poderia tornar-se mais um seminário da IPB.
Que a graça e paz de nosso Senhor sejam com vocês!