“E
tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual assentando-se aos pés de Jesus, ouvia
a sua Palavra”. Lucas 10: 39
Esta passagem
é muita conhecida no meio evangélico. Jesus
encontra-se um dia na casa das irmãs, Marta e Maria. Marta,
está preparando a refeição,
atarefadíssima. Maria, no entanto, prefere ficar na sala ouvindo Jesus.
Está
a ouvir Jesus quando Marta pede a Ele que mande Maria ajudá-la. O mestre não
aceita tal pedido, mas diz: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas
coisas, mas uma só é necessária e, Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe
será tirada”
O
que vemos aqui? Vemos que Jesus não achasse desnecessário o trabalho que Marta
estava fazendo.
Mas, Ele quis realçar o valor do interesse de Maria. Esta,
de fato, não estava desperdiçando tempo,
nem fazendo pouco caso da irmã, mas aproveitando-se de uma oportunidade que talvez não voltasse mais. E Jesus ensinou com isso, às mulheres de todos os
tempos que a sua preocupação não deve ser somente com as coisas da casa, ou com as exterioridades do corpo, que levam a
vaidade e ao luxo. A mulher
deve cuidar de seu lar, dos seus filhos, do marido.
Isto é útil e indispensável, mas deve preocupar-se
sobretudo com as coisas que dizem respeito à vida moral e espiritual. Deve
preocupar-se com o reino de Deus e a sua justiça, assim como também o homem.
O trabalho para o reino é trabalho que nunca será
perdido. É a parte que não será tirada.
Enfeites, beleza, luxo, preocupações caseiras são
coisas que se vão. O tempo as leva, as consome, mas, a virtude, a caridade, o
amor, a justiça são valores eternos.
Que seria da nossa humanidade, se em todos os tempos
não houvesse existido mulheres piedosas? Mães consagradas ao serviço de Deus?
Esposas pacientes e dedicadas que, pelo sacrifício de si mesmas, no altar da
fé, conseguiram mudar corações endurecidos.
Se as mulheres cristãs hoje tomassem o seu lugar
ao lado de Cristo, muitas coisas tortas seriam mudadas. Se a sua
preocupação estivesse ao lado da boa causa, que transformação não veríamos na
sociedade.
Mas, o que vemos muitas vezes? Mulheres que dizendo-se
cristã, estão mais preocupadas com os seus luxos, seus caprichos, suas
vaidades. Dói na alma vermos algumas mulheres que não oram por seus filhos, não
oram com eles, não leem a Bíblia para eles, não se empenham em levá-los aos
cultos.
Mulheres que se alegram mais em prepararem os filhos
para as festas juninas realizadas nas escolas, e não se empenham em prepará-los
para a igreja.
As mulheres devem ser gratas a Jesus porque não só Ele
lhes trouxe salvação como também deu-lhe liberdade e as fez participantes de
sua obra.
Jesus defendeu mais do que uma vez o direito da mulher
diante da prepotência do homem. Em assunto de religião, a mulher tomava uma
posição de todo passiva, não podia envolver-se em assuntos teológicos, havia
até quem pensasse, teria mesmo a mulher alma?
Veio Jesus e conferiu-lhe uma dignidade nunca vista
antes. Havia mulheres na palestina, nos tempos de Jesus que acompanhavam o
Mestre em suas campanhas missionárias, davam-lhe de suas fazendas para custear
a obra. Mulheres assistiram aos seus últimos momentos na cruz, mulheres
receberam a sua mensagem depois de sua ressurreição, e uma mulher foi a
primeira convertida no mundo europeu.
Que
cada mulher hoje seja uma boa Maria, a
assentar-se aos pés de Jesus para aprender com Ele a transformar este
mundo.
Pr. José Vasconcelos
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