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02 abril 2012

Evangelho Aculturado

“Sede, pois, imitadores de Deus como filhos amados.
Pois, outrora éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. Efésios 5: 1,8.

 Como dizia o apóstolo Paulo, estamos vivendo tempos difíceis no seio da igreja. Considero que o maior problema da igreja atual, talvez mesmo o seu único problema, do qual todos os demais são decorrentes, é o fato de que os crentes, na sua maioria, não sabem mais o que é próprio ao descrente.
Esta confusão de valores tem seu reflexo nas ações e posições dos irmãos diante das várias situações do cotidiano, e vai de encontro ao objetivo divino de, como igreja, sermos luz num mundo de trevas e de levarmos o mundo a reconhecer a glória de Deus através da nossa forma de viver – Mateus 5: 13-16.
Estou convencido de que esta situação se deve, basicamente, a dois fatores:

    O primeiro é o enorme desconhecimento das Escrituras por parte, não apenas dos membros das igrejas, como também dos seus líderes, inclusive os pastores. Os crentes não conhecem mais a Bíblia cada vez com menos freqüência e, quando o fazem, nem sempre usam fontes teológicas confiáveis. Nunca se leu ou falou da Bíblia como hoje, mas também nunca se deturpou e mentiu sobre o seu conteúdo como hoje.
O segundo é a aculturação mais do que pacífica, na verdade desejada, pelos crentes, com os valores da nossa sociedade relativista, pragmática e distante da visão divina para a sua criação.
Os crentes estão trocando a verdade revelada de Deus, nos princípios e normas das Escrituras, pela verdade enganosa e falsa da mídia para guiarem as suas vidas (programas de TV, rádio, revistas, filmes, novelas, etc.). Eles estão “aprendendo” com os mestres do mundo como devem encarar e tratar os vários problemas da sociedade (homossexualismo, infidelidade conjugal, sexo antes do casamento, dependência química, violência social, ética e honestidade, etc.).
Como esperar que um aprendizado que parte de fontes espiritualmente mortas, totalmente escravas do pecado e sem nenhum conhecimento da vontade prescritiva de Deus, possa produzir pensamentos e ações que agradem ao nosso Senhor? Certamente, o produto deste aprendizado será a condenação e o juízo divino sobre os irmãos que por ele optarem, conforme lemos em Efésios 5: 6,7.
Todavia, há solução para o grave problema apontado. A solução é um retorno às Escrituras como a verdadeira regra de fé e prática dos cristãos. Estudar a Bíblia para conhecê-la a fundo e pautar nossa visão de mundo, nossas posições e nossas ações apenas pelos seus princípios e normas. Para os líderes eclesiásticos e pastores, o conhecimento deve ainda abranger a teologia professada e a história da igreja cristã, conhecimento imprescindível para conduzir, convenientemente, o rebanho que Deus os confiou.
Aliado ao conhecimento da Bíblia precisamos nos afastar, e afastar nossos filhos, dos meios que o mundo usa para, devagar, muitas vezes, veladamente incutir nas nossas mentes seus valores e princípios malignos. Precisamos ter consciência de que há uma ação no sentido de transformar nossos valores, até que estes sejam semelhantes ou mesmo iguais aos do mundo, se não, veja a advertência de Paulo em Efésios 5: 6,15,16:
“Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por estas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”
PR. João Paulo
[Em Memória]


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