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15 maio 2012

O Preço do Amor


Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados   Isaías 53:5

Nós não somos a pessoa que deveríamos ser e isso nos causa desconforto.  Profundo desconforto. Vivemos numa contradição, mais do que numa coerência. O que exigimos dos outros nem sempre estamos dispostos a dar-lhes.

Estamos sempre culpando os outros. Por que? Pelo fato de acharmos que eles estão errados e nós certos. Eles estão sempre errados e nós estamos sempre certos. O senso do certo e do errado está bem presente em cada um.

Há algo por trás disso e por certo é a nossa consciência culpada que nos leva a uma perturbação.


Podemos até ignorar esses sentimentos  nos   escondendo na desculpa de que  a sociedade nos condicionou a isso, de que a nossa cultura arbitrou o conceito de certo e errado ou quem sabe, nossos pais são os culpados, pois impuseram em nós, quando ainda crianças, as neuroses que carregamos.

Estamos sempre discutindo, sempre ofendendo. Diante dessa maneira de ser, deveríamos perguntar: Por que sou tão impetuoso, no desejo de estar sempre certo?

Em alguns casos a resposta é; a pessoa precisa se sentir mais segura e essa insegurança o leva a achar que está sempre certo.

Todo nosso procedimento tem uma razão que o motivou,  existe uma razão porque transferimos nossa culpa, existe uma razão porque os nossos problemas são sempre culpa de alguém, existe uma razão porque os pais culpam os filhos, as esposas os maridos e assim por diante.

A razão é que nós não podemos suportar nossas próprias culpas e queremos que os outros a suportem no nosso lugar.

A nossa culpa é intolerável, insuportável. Quanta coisa na nossa vida que gostaríamos nunca tivesse acontecido, mas não podemos mudar o que aconteceu.

Quando examinamos as coisas do passado sofremos. Se ao menos eu pudesse trocar minha memória, mas não podemos.

Aí precisamos nos medicar. Como? Com trabalho, realizações, distrações mas isto não produz o efeito que precisamos. Então recorremos a uma medicação mais forte, transferir a culpa para os outros.

Aí criamos outro problema, não resolvemos o nosso e acrescentamos mais esse.
Todos nós entendemos isso.

Alguém já disse que: “Somos todos prisioneiros de consequências que não estávamos pretendendo, mas que realmente colocamos em movimento”.

Nós fazemos a engrenagem girar, damos velocidade a ela mesmo sabendo que talvez os freios não funcionem e se funcionarem vai ser uma parada tão brusca que acidentará os envolvidos nela.

Mas, louvado seja o Senhor porque nele temos a solução para as nossas mazelas. Existe uma saída e ela está em Cristo Jesus. Deus justificou a homens pecadores como eu e você através da obra de Cristo consumada na cruz. Nele o Senhor lançou nossas culpas, sobre si mesmo e nos fez agradáveis ao Pai.

Isaías 53 nos mostra o preço do amor que Cristo tinha que pagar para nos devolver a vida.
Pr. José Vasconselos

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