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23 abril 2012

O Que Torna Uma Igreja Grande?

“Portanto  ide  e  fazei discípulos  de todos os povos, batizando-os  em   nome do  Pai e do Filho  e  do  Espírito Santo, ensinando-os  a  guardar todas as coisas que  eu vos tenho mandado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação  dos séculos.”  Mateus 28:19 e 20

Um dia perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento, o  mais  importante, Jesus respondeu: Ame a Deus com todo seu coração e ao próximo como a si mesmo.
Algum tempo depois em uma de suas últimas palavras aos discípulos Jesus deu-lhes a grande comissão e lhes designou mais três  incumbências:  fazer discípulos, batizá-los e ensiná-los a obedecer a tudo que havia ensinado.
Atualmente há uma preocupação por parte de alguns líderes eclesiásticos sobre o crescimento da igreja. O que fazer para a igreja crescer? Ou, o que está impedindo o crescimento da igreja?

Cada igreja é definida pelo que ela se compromete a fazer. Uma grande igreja é uma igreja comprometida com o grande mandamento “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”  e,  com a grande comissão , “fazer discípulos, batizá-los e ensiná-los a obedecer a Palavra”.
Devemos ser dirigidos pelo grande mandamento e pela grande comissão. Uma igreja que não observa estes princípios está prestes a morrer ou melhor, ela não existe como igreja. Não nos esqueçamos destes propósitos da igreja, são cinco propósitos:
1) Amar a Deus;
2)Amar ao próximo;
3) Discipular;
4) Batizar;   
5) Ensinar.
Vejamos sobre o primeiro propósito da igreja. Amar a Deus com todo o seu coração. Como podemos expressar esse amor a Deus? Adorando-o.
A igreja existe para adorar a Deus. Não importa se estivermos sós, não importa se estivermos com um grupo pequeno ou com mil pessoas. Quando expressamos o nosso amor a Deus, o adoramos.
Talvez você seja membro de uma igreja pequena, talvez você tenha ouvido alguém dizer que a sua igreja é uma igreja desanimada. Quem sabe, alguém já saiu de sua igreja em busca de uma maior, alegando que ali poderá expressar melhor o seu louvor ou que ali há uma maior manifestação do Espírito Santo.
A Bíblia nos mostra que não é o lugar e sim, a atitude do adorador que determina o nível do seu louvor. Você pode adorar a Deus sozinho. Você pode adorá-lo com um pequeno grupo de pessoas, você pode adorá-lo no meio de uma multidão.
A Bíblia diz:
“Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás”(Mt. 4:10), observe que a palavra a adorar vem antes de servir.
Adorar a Deus é o primeiro propósito da igreja.Quantas vezes nos ocupamos tanto trabalhando para Deus e não temos tempo para adorá-lo.
Há quem se gabe de estar dirigindo tantas congregações, de estar fazendo visitas em hospitais, presídios, orfanatos, asilos; isto é maravilhoso, indica que a pessoa está atuante no serviço do Senhor, mas perguntamos: e os momentos a sós com Deus?
Lembre-se a adoração vem antes do serviço.  “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás”.
Em toda a Escritura somos ordenados a celebrar a presença de Deus através da glorificação e da exaltação de Seu nome. O Salmo 34:3 diz:  “Engrandecei ao Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome”.
Não podemos adorar a Deus como se fosse uma obrigação, devemos adorá-lo porque queremos. Devemos nos alegrar em expressar o nosso amor a Deus.

Pr. José Vasconcelos

16 abril 2012

Mulher, Você Pode Mudar o Rumo das Coisas

“E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua Palavra”.  Lucas  10: 39
    
  Esta  passagem é muita  conhecida no meio evangélico. Jesus encontra-se um dia na casa das irmãs, Marta e Maria. Marta, está preparando a  refeição, atarefadíssima. Maria, no entanto, prefere ficar na sala ouvindo Jesus.
Está a ouvir Jesus quando Marta pede a Ele que mande Maria ajudá-la. O mestre não aceita tal pedido, mas diz: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária e, Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”
O que vemos aqui? Vemos que Jesus não achasse desnecessário o trabalho que Marta estava fazendo.
Mas, Ele quis realçar o valor do interesse de Maria. Esta, de fato,  não estava desperdiçando tempo, nem fazendo pouco caso da irmã, mas aproveitando-se de uma oportunidade que talvez não voltasse mais. E Jesus ensinou com isso, às mulheres de todos os tempos que a sua preocupação não deve ser somente com as coisas da casa, ou com as exterioridades do corpo, que levam a vaidade e ao luxo. A mulher deve cuidar de seu lar, dos seus filhos, do marido.
Isto é útil e indispensável, mas deve preocupar-se sobretudo com as coisas que dizem respeito à vida moral e espiritual. Deve preocupar-se com o reino de Deus e a sua justiça, assim como também o homem.
O trabalho para o reino é trabalho que nunca será perdido. É a parte que não será tirada.
Enfeites, beleza, luxo, preocupações caseiras são coisas que se vão. O tempo as leva, as consome, mas, a virtude, a caridade, o amor, a justiça  são valores eternos.
Que seria da nossa humanidade, se em todos os tempos não houvesse existido mulheres piedosas? Mães consagradas ao serviço de Deus? Esposas pacientes e dedicadas que, pelo sacrifício de si mesmas, no altar da fé, conseguiram mudar corações endurecidos.
Se as mulheres cristãs hoje tomassem o seu lugar ao lado de Cristo, muitas coisas tortas seriam mudadas. Se a sua preocupação estivesse ao lado da boa causa, que transformação não veríamos na sociedade.
Mas, o que vemos muitas vezes? Mulheres que dizendo-se cristã, estão mais preocupadas com os seus luxos, seus caprichos, suas vaidades.  Dói na alma vermos algumas mulheres que não oram por seus filhos, não oram com eles, não leem a Bíblia para eles, não se empenham em levá-los aos cultos.
Mulheres que se alegram mais em prepararem os filhos para as festas juninas realizadas nas escolas, e não se empenham em prepará-los para a igreja.
As mulheres devem ser gratas a Jesus porque não só Ele lhes trouxe salvação como também deu-lhe liberdade e as fez participantes de sua obra.
Jesus defendeu mais do que uma vez o direito da mulher diante da prepotência do homem. Em assunto de religião, a mulher tomava uma posição de todo passiva, não podia envolver-se em assuntos teológicos, havia até quem pensasse, teria mesmo a mulher alma?
Veio Jesus e conferiu-lhe uma dignidade nunca vista antes. Havia mulheres na palestina, nos tempos de Jesus que acompanhavam o Mestre em suas campanhas missionárias, davam-lhe de suas fazendas para custear a obra. Mulheres assistiram aos seus últimos momentos na cruz, mulheres receberam a sua mensagem depois de sua ressurreição, e uma mulher foi a primeira convertida no mundo europeu.
Que cada mulher hoje seja uma boa Maria, a  assentar-se aos pés de Jesus para aprender com Ele a transformar este mundo.

Pr. José Vasconcelos

09 abril 2012

Seja Um Construtor na Sua Igreja

"Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu como sábio construtor..." I Co 3:10



Estas palavras foram escritas pelo Apóstolo Paulo. Tenho uma grande admiração por esse homem escolhido por Deus para ser o apóstolo dos Gentios. Suas epístolas são uma fonte de riquezas para as nossas vidas espirituais. Sua vida é digna de ser imitada, ele mesmo disse: “Oxalá vós fósseis meus seguidores como eu sou de Cristo Jesus”.
Paulo foi um implantador de igrejas. Precisamos aprender com ele como fundar e edificar uma igreja.Paulo não as construía displicentemente. Ele era somente dedicado em suas tarefas, ele também sabia usar as ferramentas certas. Nós também devemos aprender a usá-las.
Alguém já disse: “Se tudo o que  temos  é  um  martelo em nossa caixa de ferramentas ministerial, nossa tendência é tratar tudo como se fosse um prego”. Talvez você já tenha passado pela experiência de chamar um pedreiro para fazer  determinado serviço em sua casa e ele aparece sem nenhuma ferramenta na mão.
Lá está você andando pela vizinhança a procura de um prumo, de uma talhadeira, de uma régua, porque aquele  que deveria ter  todos esses equipamentos não os tem. Você não acha isto um absurdo? Como é que um construtor não tem as ferramentas adequadas para construir?
Para se fazer o trabalho do Senhor é necessário preparar-se adequadamente. O apóstolo Paulo exortou ao jovem Timóteo, “persiste em ler, exortar e ensinar...” 1Tm 4:13  “Medita estas coisas, ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos” , “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina...”.
Evidentemente que todos os nossos planos, programas e procedimentos não significam nada sem a unção de Deus. O Salmo 127 diz, “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”.
Uma igreja não pode ser criada apenas pelo esforço humano. Tem muitos crentes por aí querendo aplicar a organização, a administração e marketing da empresa à igreja. Uma igreja não é um negócio, não é uma empresa. Onde está o Espírito Santo em igrejas que agem assim? Em algumas delas as orações são apenas tapar buracos.
Eu não quero dizer com isto que sou contra a planejamento, propaganda, organização, não. O problema  está em que todos os planos, programas e procedimentos, sem a unção de Deus não significam nada.
Temos que estudar a Palavra, temos que orar. A oração é absolutamente essencial.
Mas você  sabia que  a  oração  por  si
só não faz a igreja crescer?
Tem igrejas e pastores que estão orando muito e a igreja está morrendo. Como se explica isto? É que a oração precisa ser uma oração eficaz.

Certa vez Josué estava orando. Humilhado, vestidos¸ prostrado em terra, rosto no chão e o Senhor disse para ele parar de orar. “Levanta-te¸ por que  estás prostrado assim sobre o teu rosto?  Israel pecou. Levanta-te santifica o povo, e dize santificai-vos”. (Josué 7: 10 e 11)

Deus disse a Josué para parar de orar e se levantar para corrigir as causas de suas falhas. (Josué 7) .  Há tempo para orar e há tempo para agir com responsabilidade.

Quantos que estão orando assim: Senhor abençoa esta igreja, converte os pecadores mas,  não  faz   absoluta-mente nada, é um peso morto. É necessário oração eficaz e ação.
Há uma passagem que chama-me a atenção, ela está registrada em 2Cr. 7:14,  “E se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”
Pr. José Vasconcelos


02 abril 2012

Evangelho Aculturado

“Sede, pois, imitadores de Deus como filhos amados.
Pois, outrora éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. Efésios 5: 1,8.

 Como dizia o apóstolo Paulo, estamos vivendo tempos difíceis no seio da igreja. Considero que o maior problema da igreja atual, talvez mesmo o seu único problema, do qual todos os demais são decorrentes, é o fato de que os crentes, na sua maioria, não sabem mais o que é próprio ao descrente.
Esta confusão de valores tem seu reflexo nas ações e posições dos irmãos diante das várias situações do cotidiano, e vai de encontro ao objetivo divino de, como igreja, sermos luz num mundo de trevas e de levarmos o mundo a reconhecer a glória de Deus através da nossa forma de viver – Mateus 5: 13-16.
Estou convencido de que esta situação se deve, basicamente, a dois fatores:

    O primeiro é o enorme desconhecimento das Escrituras por parte, não apenas dos membros das igrejas, como também dos seus líderes, inclusive os pastores. Os crentes não conhecem mais a Bíblia cada vez com menos freqüência e, quando o fazem, nem sempre usam fontes teológicas confiáveis. Nunca se leu ou falou da Bíblia como hoje, mas também nunca se deturpou e mentiu sobre o seu conteúdo como hoje.
O segundo é a aculturação mais do que pacífica, na verdade desejada, pelos crentes, com os valores da nossa sociedade relativista, pragmática e distante da visão divina para a sua criação.
Os crentes estão trocando a verdade revelada de Deus, nos princípios e normas das Escrituras, pela verdade enganosa e falsa da mídia para guiarem as suas vidas (programas de TV, rádio, revistas, filmes, novelas, etc.). Eles estão “aprendendo” com os mestres do mundo como devem encarar e tratar os vários problemas da sociedade (homossexualismo, infidelidade conjugal, sexo antes do casamento, dependência química, violência social, ética e honestidade, etc.).
Como esperar que um aprendizado que parte de fontes espiritualmente mortas, totalmente escravas do pecado e sem nenhum conhecimento da vontade prescritiva de Deus, possa produzir pensamentos e ações que agradem ao nosso Senhor? Certamente, o produto deste aprendizado será a condenação e o juízo divino sobre os irmãos que por ele optarem, conforme lemos em Efésios 5: 6,7.
Todavia, há solução para o grave problema apontado. A solução é um retorno às Escrituras como a verdadeira regra de fé e prática dos cristãos. Estudar a Bíblia para conhecê-la a fundo e pautar nossa visão de mundo, nossas posições e nossas ações apenas pelos seus princípios e normas. Para os líderes eclesiásticos e pastores, o conhecimento deve ainda abranger a teologia professada e a história da igreja cristã, conhecimento imprescindível para conduzir, convenientemente, o rebanho que Deus os confiou.
Aliado ao conhecimento da Bíblia precisamos nos afastar, e afastar nossos filhos, dos meios que o mundo usa para, devagar, muitas vezes, veladamente incutir nas nossas mentes seus valores e princípios malignos. Precisamos ter consciência de que há uma ação no sentido de transformar nossos valores, até que estes sejam semelhantes ou mesmo iguais aos do mundo, se não, veja a advertência de Paulo em Efésios 5: 6,15,16:
“Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por estas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.”
PR. João Paulo
[Em Memória]